Principal gerador de empregos no país, o setor de serviços é impulsionado por uma combinação de fatores, entre eles, o aumento da renda e do consumo das famílias, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), a terceirização da economia e o avanço da tecnologia, que eleva a demanda por profissionais como motoristas de aplicativos e entregadores, por exemplo.
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Quando a economia está aquecida, os consumidores têm mais dinheiro no bolso e se sentem seguros para gastar. As pessoas vão a bares e restaurantes com maior frequência, investem na reforma da casa, consomem mais serviços de beleza e estética e gastam mais com atividades de turismo e lazer, para citar algumas das atividades impactadas por esse avanço.
Os dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira (27), mostram que das 129.775 vagas formais geradas no país no último mês de julho, 50.159 foram no setor de serviços, o que corresponde a 38% do total.
O Paraná e Londrina acompanham esse movimento. No Estado, entre os 8.140 trabalhadores contratados em julho, 5.067 foram selecionados por empresas prestadoras de serviços. Em Londrina, o setor também liderou a geração de vagas, com 725 postos criados naquele mês.
Desde o início deste ano, o município contabiliza 4.852 vagas no setor de serviços, destacando-se como o que mais absorve trabalhadores. A construção civil, a segunda colocada em contratações, acumula saldo positivo de 1.107 novos postos de janeiro a julho.
“O setor de serviços é o principal segmento da nossa matriz econômica, em números absolutos. É o setor que mais tem empregado”, apontou o secretário municipal do Trabalho, Emprego e Renda, Cesar Makiolke. “Londrina está hoje em um momento de geração de empregos muito aquecido. A cidade teve, em todos os meses de 2025 até agora, saldo expressivo na criação de empregos, com dados positivos todos os meses”, avaliou.
O consultor do Sebrae/PR Sérgio Ozório ressaltou o papel das governanças locais no desenvolvimento econômico do município. “O Arranjo Produtivo Local de TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação), criado em 2006, vem numa crescente e fez com que muita coisa acontecesse nesse setor”, exemplificou.
Na região de Londrina, são 13 governanças vinculadas ao setor produtivo, o que torna o ambiente mais favorável para que as empresas possam crescer, avaliou Ozório. “O planejamento de ações tem contribuído para que haja desenvolvimento em outras frentes.”
Além do associativismo, Ozório salientou ainda o trabalho de desburocratização e de facilitação de acesso ao crédito como relevantes para o avanço dos setores econômicos no município.
A mesma percepção tem o primeiro presidente do Sescap-LDR, Marcos Ferreira. Para ele, o aquecimento das contratações no setor de serviços é um reflexo da modernização do sistema de liberação de alvarás pelo município e aponta esse como um fator primordial para incentivar a abertura de novas empresas e, consequentemente, aumentar a oferta de vagas de emprego.
A cada empresa que abre as portas, são criados empregos diretos e indiretos, muitos desses com foco na prestação de serviços. O próprio setor contabilista tem sido beneficiado. De acordo com Ferreira, muitos escritórios de contabilidade abriram vagas neste ano em razão do crescimento de suas carteiras de clientes e, consequentemente, do volume de trabalho.
“A prefeitura renovou a forma de liberação de alvarás e isso impulsionou a demanda pelos nossos serviços. Quando aumenta a abertura de empresas, automaticamente há um aumento da demanda pelos nossos serviços. São mais empresas precisando de contadores. No momento, nosso ambiente de negócios está muito favorável.”
Ao esmiuçar os dados do Novo Caged, o professor de economia da Faculdade Anhanguera, Elcio Cordeiro da Silva, observou que os segmentos de saúde, terceirização, vigilância e edifícios destacaram-se nas contratações realizadas por empresas do setor de serviços, em julho. “Esses dados refletem a dinâmica de crescimento da cidade de Londrina, evidenciando a expansão dos serviços voltados ao funcionamento dos empreendimentos imobiliários e à qualidade de vida da população.”
Caged de julho
Os dados de julho do Caged mostraram que Londrina teve saldo positivo de 657 novos postos de trabalho, com 9.974 admissões e 9.317 desligamentos. É o terceiro melhor resultado para o mês no estado, atrás de Curitiba (2.461) e de São José dos Pinhais (979).
O setor de serviços foi o grande destaque em Londrina, com 725 novas vagas no mês, mantendo a tendência de crescimento observada ao longo de 2025. A indústria aparece em seguida, com 44 vagas positivas, A agropecuária manteve-se praticamente estável, com três vagas positivas. Já construção (-34) e comércio (-81) apresentaram retração em comparação com o mês anterior.
No acumulado de janeiro a julho, Londrina soma 7.252 empregos formais criados, resultado de 71.624 admissões contra 64.372 desligamentos, o que representa uma variação positiva de 4,20%. Com esse desempenho, a cidade figura entre os maiores polos de geração de empregos do Paraná, atrás apenas de Curitiba (23.977) no ranking estadual nos primeiros sete meses do ano.
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