O Alerta Geada que ajuda os produtores rurais paranaenses a protegerem pastos e lavouras dos prejuízos causados pelo frio intenso, a instalação da agroindústria para processamento de suco de laranja nas regiões Norte e Noroeste do Estado e o registro da raça purunã, bovino genuinamente paranaense são apenas alguns dos feitos contabilizados pelo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), atual IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), em 50 anos de existência, completados nesta quarta-feira.
Fundado em 29 de junho de 1972, o órgão de pesquisa e tecnologia teve um papel relevante no desenvolvimento agropecuário do Estado e se hoje o Paraná se destaca no agronegócio, muito se deve aos estudos iniciados em seus laboratórios que resultaram em novas técnicas e tecnologias aplicadas no campo.
Preocupados com o futuro da pesquisa agropecuária no Estado, pesquisadores ativos e aposentados do instituto elaboraram uma carta aberta endereçada aos candidatos ao governo estadual e pedem que o tema seja debatido durante a campanha eleitoral.
No documento, eles enumeram os inúmeros avanços que o então Iapar representou para a agricultura paranaense. Além da importante contribuição à economia, com expressiva participação no PIB e no superávit da balança comercial, os pesquisadores destacam a consolidação da agricultura familiar, que congrega 85% dos estabelecimentos rurais, nos quais a inclusão produtiva e a inovação tiveram um significativo impacto social.
Em produção de feijão e trigo, o Paraná ocupa hoje o primeiro lugar no ranking nacional. Em soja e milho, é o segundo colocado no país, o segundo em leite e mandioca e lidera as cadeias de proteína animal.
"Contudo, essa posição destacada demanda uma permanente incorporação de inovações pelos agricultores, que surgem a partir do desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias", ressaltam os pesquisadores na carta aberta. Eles lembram ainda que ações de mitigação das mudanças climáticas, de preservação dos recursos naturais e de conservação da biodiversidade também demandam novas formas de produção agrícola e, nesse processo de transformação, a pesquisa tem um papel fundamental.
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