A curva de aporte que começa em 18% no novo modelo de pedágio no Paraná deverá aumentar os descontos oferecidos pelas concessionárias e deverá reduzir o preço das tarifas a menos da metade dos valores praticados no contrato anterior, finalizado em novembro de 2021. Essa é a expectativa da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística que, nesta quinta-feira (4), detalhou em coletiva de imprensa alguns pontos que devem constar dos editais do leilão dos lotes 1 e 2 do Anel de Integração, que deve acontecer entre 24 de agosto e 16 de setembro.
Com o aporte mínimo de 18%, as tarifas de face que irão a leilão serão “significativamente menores”, destacou o governo do Estado. O contrato anterior estipulava o valor de R$ 0,25 por quilômetro rodado e a expectativa com as novas concessões é que esse valor fique entre R$ 0,11 e R$ 0,12. O secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, ressaltou, porém, que esses serão os valores especificados no edital, mas que a concorrência entre as empresas interessadas em explorar o pedágio no Estado deve fazer cair ainda mais o preço do quilômetro rodado. “Ganha o leilão a empresa que der o maior desconto no valor da tarifa e o percentual de desconto é livre, mas a empresa tem que dar garantias de que conseguirá cumprir as obras previstas em cada lote, com data de início e término, do primeiro ao sétimo ano”, salientou. "Temos a expectativa de que seja maior o desconto, chegando o preço a menos da metade do que era praticado no passado", complementou o diretor-geral da pasta, Fernando Furiatti.
Nos 24 anos em que vigoraram os contratos com as concessionárias que exploravam o pedágio, o Paraná teve as tarifas mais caras do país, alvos de muitas reclamações dos usuários, que consideravam os preços altos demais em relação ao volume de obras realizadas pelas empresas. A praça com o valor mais elevado era a de Jataizinho, que no final do contrato cobrava R$ 26,40 para carros de passeio.
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Outras formas de reduzir o preço da tarifa para os usuários também devem constar dos editais. Uma delas é a adoção do sistema free flow, que consiste no pagamento automático de pedágio, sem utilização das praças de pedágio, o que dispensa as paradas nas cancelas. “Nos primeiros lotes, a cobrança será feita nas praças de pedágio, mas está prevista a aplicação do free flow para os próximos lotes”, explicou Furiatti.
Também são estudados descontos para os usuários frequentes, como por exemplo aqueles que passam por trechos pedagiados diariamente em razão de deslocamento até o trabalho, e para os motoristas que utilizarem tags. Nesse caso, o desconto automático para veículos leves será de 5%. O contrato prevê ainda o pagamento proporcional ao utilizado pelo usuário. “As pessoas poderão pagar por quilômetro rodado. Quem usa mais paga mais, quem usa menos, paga menos. Isso está previsto no contrato, mas são necessárias tecnologias específicas para cada um dos trechos”, explicou o secretário.
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