O economista Paulo Nogueira Batista Júnior assumirá a vice-presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Também conhecida como Banco do Brics, a instituição terá sede em Xangai e financiará projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável nos países do grupo – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – e em outras nações em desenvolvimento.
Atualmente, Batista é diretor-executivo do Brasil e de mais dez países no Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington. No organismo internacional, ele participou das discussões sobre as reformas de cotas que trarão mais poderes para países emergentes dentro do FMI.
De acordo com o Ministério da Fazenda, Batista deixará o FMI nos próximos dias e se mudará para Xangai, onde se integrará à equipe que monta a estrutura administrativa do novo banco, encarregada de implementar a instituição financeira, que deverá iniciar as operações em janeiro. Conforme acordo entre os países do Brics, a presidência ficará com a Índia e cada país do grupo indicou um vice-presidente.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Com participação no trabalho preparatório para a criação do Banco do Brics, Batista foi um dos principais representantes do governo brasileiro na elaboração dos acordos de criação da instituição, firmados em julho do ano passado, durante a 6ª Reunião de Líderes do Brics em Fortaleza.
O banco tem capital inicial de US$ 50 bilhões, divididos em partes iguais de US$ 10 bilhões entre os cinco países fundadores, que terão o mesmo poder de voto. No entanto, o banco está aberto a todos os países membros das Nações Unidas, com os países em desenvolvimento podendo tornar-se sócios tomadores de empréstimos.