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Produção e comércio de ‘foie gras’ podem ser proibidos no PR

14 out 2013 às 18:33

A produção e a comercialização de uma das mais populares iguarias da culinária francesa, o ‘foie gras’ (fígado de pato e ganso superalimentado), poderá ser proibida no Paraná. O deputado estadual Rasca Rodrigues (PV) apresentou um projeto de lei na Assembleia Legislativa do Paraná, nesta segunda-feira (14), classificando o processo de produção da iguaria como crueldade contra patos e gansos.

"O ‘foie gras’, conhecido como fígado gordo, nada mais é do que a alimentação forçada destas aves com o objetivo de inchar seus órgãos para obter mais lucro. Isso provoca graves alterações nos corpos das aves e causa o aumento do fígado em sete vezes em relação ao tamanho normal. Tudo isso causa extremo sofrimento aos animais", explicou Rasca, ao apresentar o projeto em plenário.


Segundo o parlamentar, a proposta visa atingir principalmente o comércio de ‘foie gras’, já que no Paraná não há registro da produção, apenas comercialização. "Estudos apontaram que essa iguaria causa sobrecarga ao sistema hepático na ingestão humana, devido à gordura em demasia. Ou seja, é um prato que é prejudicial tanto as aves quanto aos seres humanos", defendeu.


Produção


Para obter o ‘foie gras’, dezesseis dias antes do abate, os tratadores diariamente inserem um funil de mais de 40 cm nas aves, forçando a entrada de cereais e gorduras fazendo com que os mesmos ganhem peso a qualquer custo, por meio de máquinas ou manualmente.


A partir do décimo segundo dia, este processo é repetido de três em três horas, ou seja, oito vezes ao dia. A esta altura, o corpo do animal já está completamente deformado, fazendo com que o mesmo não consiga se mexer direito. Além disso, o sistema respiratório também fica demasiadamente comprometido pela introdução do objeto para a ingestão dos alimentos, até que no 17º dia os animais são abatidos.

A iguaria é proibida – por lei – na Argentina, Áustria (seis das nove províncias), República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Israel, Luxemburgo, Noruega, Polônia (em 1999, era o quinto maior produtor mundial), Suécia, Suíça, Países Baixos, Reino Unido, Estados Unidos (Califórnia, a partir de 2012).


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