A multinacional francesa Atos se instalou em Londrina em abril do ano passado. De lá para cá, gerou 430 empregos na cidade. A companhia é uma das maiores do mundo na área de Tecnologia da Informação (TI), com faturamento acima dos oito bilhões de euros e presença em 43 países.
Apesar disso, vai precisar de ajuda da Prefeitura de Londrina para pagar o aluguel de imóvel localizado na esquina das avenidas Tiradentes e Arthur Thomas (zona oeste). "Essa foi uma das exigências da empresa. Se a gente não firmar o convênio, a multinacional vai para outra cidade", destacou o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi.
O projeto de lei, que prevê a ajuda de custo para a Atos, já foi enviado para a Câmara Municipal. A empresa paga R$ 60 mil mensais pelo imóvel. A prefeitura quer custear R$ 45,6 mil do valor total por doze meses, com possível renovação do acordo por igual período. O custo para a prefeitura é de quase R$ 550 mil por ano.
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Na avaliação de Veronesi, a contrapartida compensa. "É uma empresa de alto nível, que pretende gerar mais de dois mil empregos na cidade. Também tem a questão da arrecadação de impostos, muito benéfica para a cidade. E é aquela velha história: se a empresa não vem, acusam a gente de não dar incentivo. Agora que já está aqui, reclamam por causa da contrapartida", argumentou.
Veronesi destacou, ainda, que o projeto da Atos em Londrina é da administração anterior e que a atual gestão só deu andamento a um convênio que já havia sido firmado. "É uma iniciativa que faz parte de plano de incentivos do município", observou.
Atualmente, a Codel dá andamento a uma política de incentivo a empresas. O órgão fez a doação de terrenos públicos para diversas firmas no ano passado e pretende continuar a conceder os benefícios neste ano. Questionado se o poder público pode pagar o aluguel de outras companhias, Bruno Veronesi não titubeou: "Se houver interesse por parte do município..."