Londrina perdeu 103 postos de trabalho no mês de maio. Em abril, foram 84 vagas perdidas. O comércio foi o setor que mais fechou vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.
O comércio perdeu 197 vagas. No entanto, houve um aumento de 85 postos de trabalho na Construção Civil e 23 vagas no setor de Serviços.
A cidade contabiliza 154.574 de trabalhadores com carteira assinada, o que corresponde 5,99%. Foram registrados 5.516 admissões (49,54%) e 5.619 (50,46%) desligamentos, num total de 37.521 estabelecimentos.
A última alta de empregos registrada em Londrina foi em fevereiro, quando a cidade ganhou 473 postos de trabalho. Em março, a situação mudou drasticamente, foram 489 vagas perdidas.
Em relação às principais cidades que compõem a Região Metropolitana de Londrina, Rolândia registrou o maior aumento de postos de trabalho. Foram 218 vagas. Seguida por Arapongas, com 48 vagas, e, Cambé, com 20 postos. Já Ibiporã, perdeu 9 vagas de trabalho.
Paraná
O Paraná fechou o mês de maio com saldo positivo de 2.379 postos de trabalho. Foram 92.293 contratações e 89.914 demissões. Embora tenha registrado saldo positivo, o número é bem menor em comparação ao mês de abril, que contabilizou 6.742 postos de trabalho no estado.
Regiões
A região Sul foi a que menos gerou empregos, pelo contrário, houve retração (-10.595). Embora o Paraná permaneça com saldo positivo de empregos, Santa Catarina perdeu 614 vagas e o Rio Grande do Sul teve uma retração de 12.360 vagas.
A região Norte também registrou perdas de postos (-1.024). A região Sudeste foi a que mais gerou empregos no mês de maio. Foram 38.691 novos postos de trabalho formal, com destaque para Minas Gerais (+22.931), e São Paulo (+17.226). A segunda região com maior crescimento no nível de emprego foi o Centro-Oeste, com 6.809 novos postos, seguida do Nordeste, com saldo positivo de 372 vagas.
Nível nacional
O Brasil registrou 34.253 novos postos de trabalho formal abertos no mês de maio, que representa um aumento de 0,09% em relação ao mês de abril. É o segundo mês seguido e a terceira vez neste ano, que há registro positivo de empregos no país. Conforme avaliação do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, aos poucos, o país está recuperando os empregos fechados nos últimos anos.
"O governo federal tem feito um esforço grande e constante para adotar medidas que incentivem a geração de empregos. E o resultado nós temos visto no desempenho do Caged desde o ano passado, mas, sobretudo, nos últimos meses", afirma.
No Twitter, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, postou que o resultado do Caged confirma as previsões da equipe econômica de retomada gradual do mercado de trabalho. "Na retomada do crescimento, a economia demanda algum tempo para atingir o nível de emprego que desejamos. O importante é que o rumo está certo", postou. Para o ministro, "como em todas as economias, as empresas levam algum tempo para voltarem a contratar novos trabalhadores e reduzir a taxa de desemprego", completou.
Setores
O setor da Agropecuária teve um crescimento de 2,95%, com 46.049 postos de trabalhos gerados. As culturas responsáveis pelo aumento de postos foram o café, em Minas Gerais; a laranja, em São Paulo; e a cana-de-açúcar, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Os outros setores com desempenho positivo foram os Serviços, que tiveram acréscimo de 1.989 postos (+0,01%); a Indústria de Transformação, com 1.433 vagas a mais (+0,02%); e a Administração Pública, que gerou 955 vagas formais (+0,11%). Tiveram saldo negativo os setores do Comércio, que fechou 11.254 postos (-0,13%); da Construção Civil, com 4.021 vagas a menos (-0,18%); da Indústria Extrativa Mineral, com resultado negativo de 510 postos (-0,26%); e dos Serviços Industriais de Utilidade Pública, que fecharam 387 vagas (-0,09%).