Os gastos maiores com alimentação e cuidados com a saúde puxaram a alta de 0,21% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (20).
Após a queda de 0,08% em março, o grupo Alimentação e Bebidas teve um aumento de 0,31% em abril, o equivalente a uma contribuição de 0,08 ponto porcentual para o IPCA-15 do mês.
Já as despesas com Saúde e Cuidados Pessoais passaram de aumento de 0,48% em março para uma elevação de 0,91% em abril, a maior variação e mais elevado impacto positivo no IPCA-15 do mês, o equivalente a 0,10 ponto porcentual;
Juntos, os dois grupos somaram 0,18 ponto porcentual, quase todo o IPCA-15 de abril.
Nos alimentos, o tomate ficou 30,79% mais caro, item de maior impacto na inflação do mês Também tiveram aumentos produtos importantes na cesta do consumidor, como a batata-inglesa (11,63%), os ovos (5,50%) e o leite longa vida (1,49%).
Quanto aos cuidados com a saúde, os remédios foram destaque em abril, com alta de 0,86%, refletindo parte do reajuste anual em vigor desde 31 de março, entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo do medicamento. Também pesaram no orçamento das famílias em abril os gastos maiores com plano de saúde (1,07%), artigos de higiene pessoal (0,92%) e serviços médicos e dentários (0,89%).
Transportes
Segundo o IBGE, o corte nos preços dos combustíveis levaram os gastos das famílias com Transportes a uma redução de 0,44% no IPCA-15 de abril.
O resultado levou ao maior impacto negativo no mês, o equivalente a 0,08 ponto porcentual para a taxa de 0,21% de inflação. Em março, o grupo já tinha registrado redução de 0,16%, -0,03 ponto porcentual.
Apesar da alta de 15,32% nas passagens aéreas, os preços dos combustíveis ficaram 2,77% mais baratas em abril. O litro da gasolina teve uma redução de 2,24%, enquanto o litro do etanol recuou 5,48%.
Energia
O desconto nas contas de luz neutralizaram o impacto do acionamento da cobrança maior no consumo de energia elétrica no IPCA-15 de abril, informou IBGE.
As contas de energia elétrica registraram estabilidade (0,00%) em relação ao mês anterior. Apesar do desconto referente ao Encargo de Energia de Reserva - EER, as contas de energia refletiram também parte da introdução das bandeiras amarela (em março) e vermelha (em abril). Além disso, junto com movimentos nas parcelas referentes ao PIS/Cofins em todas as regiões pesquisadas, foi apropriado parte de um reajuste nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro e redução em outra concessionária.
O grupo Habitação teve um aumento de 0,39% no IPCA-15 de abril, após a elevação de 0,64% registrada em março. Na inflação deste mês, o botijão de gás ficou 3,16% mais caro, impedindo uma desaceleração maior nas despesas com habitação.