O Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meio de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região (Sindehotéis) aprovou greve para a sexta-feira (29). Pelo menos 15 mil trabalhadores da capital e região metropolitana podem paralisar as atividades a partir da meia-noite do referido dia.
A categoria pede reajuste salarial de até 19%, anuênio de 2%, cesta básica de R$ 200, seguro de vida de R$ 45 mil, vale-transporte de graça, vale-refeição de R$ 20 e adicional de assiduidade. "Os patrões só oferecem 2% de aumento real para quem ganha menos que o piso, que é de R$ 798, e exigem escala de trabalho 12 por 36h e mais banco de horas", destacou o presidente do Sindehotéis, Luís Alberto dos Santos.
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Podem cruzar os braços funcionários de hotéis, pousadas, pensões, restaurantes, churrascarias, pizzarias, bares, boates, entre outros. "O nosso piso é o menor do estado. Isso por que vamos receber uma Copa do Mundo no próximo ano", criticou.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) no Paraná, Fábio Aguayo, destacou que nenhuma categoria no país ofertou mais do que 8% de reajuste. "É o que estamos oferecendo. E olha que nossa realidade atual é uma das piores de todos os tempos. Temos que lidar com o efeito 'Boate Kiss', com a Lei Seca e com a economia instagnada. Primeira coisa que o brasileiro corta quando se vê em apuros é o dinheiro para o lazer", argumentou.
Diretores da Abrabar devem se reunir nesta quinta-feira (28) para discutir a possibilidade de greve. Os patrões pretendem apresentar uma contraproposta ao Sindehotéis antes do início da greve.