A Prefeitura de Londrina ainda espera pelo empréstimo de R$ 30 milhões do Governo do Estado para retomar o processo de desapropriação das áreas localizadas na face norte do Aeroporto Governador José Richa. Os documentos necessários para a liberação dos recursos já foram organizados pelos órgãos municipais e estão, atualmente, na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano, esperando pelo aval dos técnicos do Paranacidade, o programa responsável por acompanhar o financiamento. De Curitiba, as planilhas seguirão para Brasília, onde serão analisadas pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O órgão federal terá a responsabilidade de apurar se Londrina tem ou não condições de contrair o empréstimo junto ao Governo Estadual.
O município pretendia enviar os documentos para a STN ainda nesta semana, o que não deve acontecer, já que as referidas planilhas passarão por nova revisão. Os técnicos pretendem deixar claro, na documentação, que Londrina vai receber o dinheiro de forma parcelada e não de uma só vez. Os trâmites burocráticos, que se arrastam desde o ano passado, atrasam a liberação de recursos, mas o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, garante que os processos de análise e reanálise são necessários. "A gente perde uma semana agora para ganhar tempo lá na frente", justificou.
Veronesi lembrou, ainda, que a partir da autorização da STN, o município terá nove meses para retomar as desapropriações no entorno do Aeroporto de Londrina. O processo, suspenso desde outubro de 2013, é necessário para que a Infraero invista R$ 80 milhões em melhorias no terminal. O tão aguardado ILS, por exemplo, deve ser enviado para a cidade ainda este ano e ser instalado em 2016.
O município também pretende liberar outro empréstimo, de R$ 20 milhões, para instalar dois novos parques industriais na cidade. O primeiro parque, que deve ficar na zona noroeste, depende da compra de um terreno que, atualmente, pertence à Companhia de Habitação (Cohab) do Município. Tramita na Câmara um projeto de lei em que a prefeitura pede autorização para parcelar a compra da referida área. Segundo Bruno Veronesi, o município só deve começar a analisar a liberação desse segundo financiamento após adquirir o terreno da Cohab. "É um projeto mais amplo, que depende da área e de estudos que ainda estão em fase inicial", destacou.
Um dos levantamentos, denominado percolação, vai analisar as propriedades do solo do terreno cotado para receber o novo parque industrial. "Abrimos uma licitação para contratar a empresa que ficaria responsável pelo estudo, mas o processo deu 'deserto'. Vamos precisar refazê-lo, já que o levantamento é essencial para tocarmos o nosso projeto", disse.