Pelo nono mês consecutivo em 2025, Londrina registrou saldo positivo na geração de empregos formais, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em setembro, a cidade teve um saldo de 1.038 vagas, com 10.086 contratações e 9.048 desligamentos, consolidando o ritmo de crescimento no mercado de trabalho local. O resultado segue o comportamento do mercado de trabalho no Paraná, que voltou a registrar saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada em setembro e agora acumula a abertura de 121 mil vagas de trabalho formais criadas em 2025. Os números colocam o Estado como terceiro maior empregador do País no ano. As informações constam Caged, divulgado nesta quinta-feira (30).
Londrina
Somando os nove primeiros meses, o acumulado do ano já chega a 8.940 novos postos formais de trabalho, uma evolução de mais de 5% do trabalho com registro em carteira na cidade. O número supera com folga os empregos gerados em todo o ano de 2024, quando o saldo dos 12 meses foi de 5.654. Os setores que mais se destacam são o de serviços, com o maior saldo em números absolutos, 5.952, e o da construção, com maior crescimento percentual do mercado de trabalho, 11,47%.
O secretário municipal do Trabalho, Emprego e Renda, César Makiolke, destacou que o desempenho é fruto de um trabalho integrado da Prefeitura para fomentar o desenvolvimento. “Londrina tem sido, de fato, um celeiro de oportunidades. Em todos os setores, temos empresas contratando e a economia girando. A desburocratização, o estímulo à formalização, a qualificação profissional e a atração de novos investimentos são pilares dessa política pública que vem dando resultados concretos”, afirmou.
Além do esforço contínuo para facilitar o ambiente de negócios, da reaproximação com entidades e representantes de classe e do fortalecimento do setor produtivo, a cidade também inovou na forma de conectar trabalhadores às oportunidades. Em setembro, foi realizada a primeira edição da Conecta Norte, uma ação regional inédita de empregabilidade que reuniu os municípios de Cambé, Ibiporã e Londrina em um mutirão conjunto.
O evento mobilizou cerca de 1.200 pessoas e mais de 50 empresas no Ginásio do Moringão e resultou, já no dia da ação, na aprovação ou contratação de cerca de 650 perfis. A iniciativa reforça o compromisso da gestão municipal com políticas públicas que geram impacto real na vida da população e reafirma Londrina como protagonista do estado na geração de empregos. Hoje, a cidade tem o segundo melhor desempenho da empregabilidade no Paraná, atrás apenas de Curitiba.
“Estamos falando de uma cidade que não apenas cresce, mas que constrói caminhos para que esse crescimento seja acessível a todos. As oportunidades estão chegando onde precisam chegar, e isso tem feito toda a diferença na qualidade de vida dos londrinenses. Com criatividade e um trabalho integrado entre os diferentes atores do poder público e da sociedade civil organizada, temos conseguido alcançar grandes resultados”, concluiu Makiolke.
No Paraná
Em setembro, as empresas paranaenses admitiram 171.918 novos trabalhadores e desligaram outros 159.872, o que corresponde a um saldo positivo de 12.046 vagas com carteira assinada que passaram a ser ocupadas. Com o resultado, o Paraná manteve a sequência de saldos positivos registrada desde o início de 2025. Setembro teve o melhor desempenho mensal desde março, quando foram criados 13.516 postos de trabalho.
Desde janeiro, o saldo paranaense de empregos formais acumula alta de 121.291 vagas – resultado de 1.606.202 admissões e 1.484.911 desligamentos nos nove primeiros meses do ano. Trata-se do terceiro melhor resultado do Brasil em números absolutos, atrás apenas de São Paulo (485.726) e Minas Gerais (164.634).
Em 2025, o Paraná responde por 41,1% das vagas geradas na região Sul, à frente de Santa Catarina, com saldo de 95.054 (32,2%) e do Rio Grande do Sul, com 78.452 (26,6%). O Estado também possui o maior contingente de pessoas empregadas com carteira assinada, com 3,34 milhões de trabalhadores, ante 2,91 milhões dos gaúchos e 2,66 milhões dos catarinenses que estão nas mesmas condições.
Setores da Economia
Todos os cinco grandes segmentos da economia analisados pelo Ministério do Trabalho e Emprego tiveram saldo positivo de empregos no Paraná entre janeiro e setembro de 2025. As empresas que trabalham com a prestação de serviços foram as que mais contrataram no Estado nestes nove meses, com 64.893 admissões a mais do que demissões. Depois, aparecem a indústria, com 26.856 vagas, comércio (17.324), construção civil (10.189) e a agropecuária (2.009).
No recorte mensal de setembro, todos os setores tiveram saldo positivo, novamente liderados pelos serviços (6.690), seguidos pelo comércio (2.860), indústria (1.591), agropecuária (470) e construção civil (435).
Curitiba lidera entre as cidades com maior abertura de novas vagas entre janeiro e setembro, com 24.983 empregos com carteira assinada. A Capital é seguida por Londrina (8.940), São José dos Pinhais (5.987), Cascavel (5.238) e Maringá (5.209). Dos 399 municípios paranaenses, 341 (85,5%) registraram mais admissões do que demissões em 2025.
Perfil dos contratados
As mulheres são a maioria das novas contratadas, ocupando 62.915 dos postos de trabalho formais criados, o que equivale a quase 51,9% das pessoas que ingressaram ou retornaram ao mercado de trabalho. As outras 58.376 vagas (cerca de 48,1% do total), são ocupadas pelos homens.
Com exceção daqueles com 65 anos ou mais, todas as outras faixas etárias registram saldo positivo de empregos neste ano. Aqueles que possuem entre 18 e 24 anos representam quase metade do volume de contratados (59.292), enquanto mais de 23% têm até 17 anos, o que demonstra uma grande quantidade de oportunidades para os jovens que estão em busca do primeiro emprego.
Em termos de escolaridade, a maior parte das novas vagas criadas no ano foi destinada a trabalhadores com ensino médio completo (85.394). Também houve bom volume de contratações de pessoas com ensino superior completo (8.109) e daquelas que ainda cursam o ensino médio (13.268) ou uma graduação (4.857).