A alta de preços está menos distribuída entre os produtos acompanhados pelo IPCA-15. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de difusão da inflação neste mês foi o mais baixo dos últimos três anos, chegando a 48%, o que significa que um número menor de itens sofreu variação positiva de preços. Os alimentos e as tarifas de energia elétrica residencial tiveram o maior impacto na composição do índice, que registrou deflação de 0,07%.
Especialistas avaliam que esse é o início de uma queda de preços que deverá se manter até o final do ano e, além do impacto no orçamento das famílias, especialmente as de baixa renda, o indicador deve influenciar também na decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que na semana que vem irá se reunir para definir a taxa básica de juros, mantida em 13,75% desde agosto de 2022. A expectativa é de uma queda de, pelo menos, 0,25%.
Em julho, os alimentos básicos consumidos pela população, como feijão carioca, óleo de soja, leite longa vida e carne registraram queda nos preços. Entre os grupos analisados pela pesquisa, Alimentação e bebidas teve grande influência sobre o índice geral, com queda de 0,40%. O resultado é relacionado à deflação de alimentação no domicílio (-0,72%).
O feijão carioca, que já chegou a custar quase R$ 10 o quilo, caiu -10,20% e passou a ser vendido a menos de R$ 7 neste mês. O óleo de soja baixou 6,14%, o leite longa vida, 2,50%, e as carnes, 2,42%. Por outro lado, a batata-inglesa e o alho ficaram mais caros neste mês, com altas de 10,25% e 3,74%, respectivamente.
Além dos alimentos, as tarifas de energia elétrica residencial ficaram 3,45% mais baixas. Dentro do grupo Habitação, essa foi a variação mais significativa, mas chama atenção também a redução no preço do botijão de gás, que ficou 2,10% mais barato.
Nos últimos nove meses, essa é a primeira vez que o IPCA-15 teve deflação. A redução média nos preços dos produtos e serviços que compõem o índice foi de 0,07% neste mês. No ano, a inflação acumula alta de 3,09% e, em 12 meses, de 3,19%.
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