A Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina) lançou o edital do leilão de 52 áreas localizadas na Cidade Industrial (zona norte). O certame irá acontecer exclusivamente de forma eletrônica, nos dias 8, 11, 12 e 13 de novembro. No total, os terrenos estão avaliados em R$ 90 milhões. A expectativa do município é finalizar o processo licitatório em dezembro e que as empresas vencedoras iniciem as atividades até 2027.
O leilão foi dividido em duas etapas. Da primeira, poderão participar indústrias com código da CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) dentro de cinco áreas consideradas prioritárias para a economia local, segundo apontou estudo técnico da Fundação Certi. As áreas são: tecnologia da informação e comunicação (TIC); agronegócio; saúde; eletrometalmecânico e químico e materiais.
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O certame será realizado por quatro leiloeiros credenciados pelo município. O presidente da Codel, Fabio Cavazotti, destacou como diferencial a criação de um fundo municipal de desenvolvimento econômico para onde serão destinados os valores arrecadados no leilão. "A lei municipal proposta pelo Executivo e aprovada pelo Legislativo que permitiu a alienação das áreas também permitiu a criação do fundo municipal. O dinheiro do leilão não vai para o caixa comum do município, vai para o fundo para ser utilizado em ações de desenvolvimento social e econômico."
As obras de execução do projeto da Cidade Industrial sofreram alguns percalços no início. A empresa vencedora da licitação desistiu e um novo processo precisou ser aberto, atrasando a entrega, inicialmente prevista para o início de 2022. No momento, 65% foram concluídos. O custo total do empreendimento é de cerca de R$ 80 milhões, sendo R$ 45 milhões investidos na construção do parque industrial e R$ 35 milhões em projetos de infraestrutura, como asfalto, saneamento e iluminação. O investimento foi compartilhado entre Estado e município.
Os 52 terrenos são avaliados em R$ 90 milhões, mas com o subsídio de 50% do município, se todas as áreas forem arrematadas no leilão de novembro, Cavazotti calcula uma arrecadação de, pelo menos, R$ 45 milhões. As áreas têm entre dois mil e 20 mil metros quadrados e os valores dos lances mínimos variam de R$ 365,2 mil a R$ 4,1 milhões. Ganha quem oferecer o maior lance e os vencedores ficam impedidos de participarem de outras disputas. "Queremos 52 CNPJs diferentes", frisou o presidente da Codel.
O metro quadrado foi avaliado em R$ 365, mas sobre esse valor é aplicado o subsídio que o reduz pela metade. Se houver lotes não arrematados, será feita uma segunda chamada e o processo será aberto para um número maior de CNAEs.
Os arrematantes terão de pagar uma comissão diretamente ao leiloeiro e, ao município, o pagamento poderá ser feito à vista ou parcelado em até 36 vezes. À vista, será concedido desconto de 10% e quem optar pelo parcelamento, terá de efetuar uma entrada de 15%, contará com uma carência de seis meses e, transcorrido esse período, iniciará o pagamento das parcelas mensais.
A Cidade Industrial tem área total de 395 mil metros quadrados. A empresa cearense do setor de alimentos J.Macêdo, que no início do projeto foi apontada como âncora do empreendimento, acabou antecipando suas instalações. A indústria, porém, redimensionou o seu projeto, reduziu a planta e devolveu ao município uma área de cem mil metros quadrados que deverá ser loteada e leiloada futuramente.
A Codel calcula que a iniciativa privada irá investir R$ 200 milhões na Cidade Industrial, sendo R$ 120 milhões em obras e R$ 80 milhões em maquinários. A estimativa é de geração de pouco mais de dois mil empregos diretos, chegando a seis mil, no total, somados os empregos indiretos. "A gente espera que em três anos o parque industrial esteja em pleno funcionamento", disse Cavazotti.
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