Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Entenda os motivos

Inflação em fevereiro fecha em 1,31%, a maior para o período desde 2003

Redação Bonde com Agência Brasil
12 mar 2025 às 13:32

Compartilhar notícia

Roberto Custódio
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Sem o desconto na conta de luz que ajudou a segurar a inflação em janeiro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial, fechou fevereiro em 1,31%. É o maior resultado desde março de 2022, quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%).


Os dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que no acumulado de 12 meses, o IPCA soma 5,06%, o patamar mais alto desde setembro de 2023 (5,19%) e fica acima da meta do governo - de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, um intervalo de 1,5% a 4,5%. 

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Desde o início de 2025, o período de avaliação da meta é referente aos 12 meses imediatamente passados e não apenas o alcançado no fim do ano (dezembro). A meta só é considerada descumprida se estourar o intervalo de tolerância por seis meses seguidos.

Leia mais:

Imagem de destaque
Dois dígitos

Ovo sobe mais de 15% e tem a maior inflação no Plano Real; café avança quase 11%

Imagem de destaque
A todos os parceiros

EUA confirmam tarifa de 25% sobre aço e alumínio do Brasil e de outros países a partir desta quarta (12)

Imagem de destaque
Comida barata

Veja o cardápio do Restaurante Popular de Londrina desta quarta-feira

Imagem de destaque
Quase R$ 6 milhões

Duas apostas de São Paulo acertam as seis dezenas da Mega-Sena


Em janeiro, o acumulado de 12 meses ficou em 4,56%, ou seja, neste novo modelo de acompanhamento de meta, fevereiro é o segundo mês fora da tolerância.

Publicidade


O IPCA apura o custo de vida para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. A coleta de preços é feita em dez regiões metropolitanas - Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre - além de Brasília e nas capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.


Conta de luz

Publicidade


A alta da energia elétrica, de 16,8%, foi o que mais pressionou a inflação. Essa variação representa impacto de 0,56 ponto percentual no índice. A explicação está no efeito estatístico causado pelo fim do Bônus Itaipu – desconto que os brasileiros receberam na conta de luz em janeiro e fez com que a inflação daquele mês ficasse em 0,16%.


Sem o desconto em fevereiro, o preço da energia dá um salto no mês seguinte. Isso fez com que o item habitação passasse de -3,08% em janeiro para 4,44% em fevereiro, exercendo o maior impacto (0,65 ponto percentual) inflacionário do mês.

Publicidade


“O subitem energia elétrica residencial passou de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro”, explica o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves.


De acordo com Gonçalves, se o impacto da energia elétrica fosse retirado do cálculo, a inflação teria sido de 0,78%, o maior desde fevereiro de 2024 (0,83%).

Publicidade



Mensalidades escolares


O segundo grande peso de alta de preços em fevereiro foi a educação, que subiu 4,7%, representando impacto de 0,28%. A explicação está nos tradicionais reajustes de mensalidades escolares, com destaque para o ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%) e pré-escola (7,02%).

Publicidade


Alimentos sobem menos


Uma das grandes preocupações atuais do governo, o preço dos alimentos desacelerou em fevereiro, ou seja, continuaram subindo, no entanto em menor velocidade.

Publicidade


A alta ficou em 0,70% (impacto de 0,15 ponto percentual), ante 0,96% de janeiro (0,96%).


Os maiores impactos no grupo alimentos e bebidas foram o café moído, que subiu 10,77% (impacto de 0,06%) e o ovo de galinha, com alta de 15,39% e impacto de 0,04 ponto percentual.


“O café, com problemas na safra, está em trajetória de alta desde janeiro de 2024. Já o aumento do ovo se justifica pela alta na exportação, após problemas relacionados à gripe aviária nos Estados Unidos e também pela maior demanda devido à volta às aulas. Além disso, o calor prejudica a produção, reduzindo a oferta”, diz o gerente do IPCA. 


Café sobe 66,18% em 12 meses


Cerca de 92% do resultado do IPCA de fevereiro estão concentrados em quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados: habitação, educação, alimentação e bebidas e transportes.


Transportes


O grupo transportes subiu 0,61% (impacto de 0,13 ponto percentual), abaixo do registrado em janeiro (1,30%). O reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual, influenciou o aumento de 2,89% nos combustíveis.


A gasolina ficou 2,78% mais cara e representou a segunda maior pressão em todos os produtos e serviços pesquisados pelo IBGE – impacto de 0,14 ponto percentual. O óleo diesel subiu 4,35%, e o etanol, 3,62%. O impacto da gasolina é maior que o dos demais combustíveis pois é um produto que tem mais peso na cesta de consumo das famílias.


Espalhamento


O índice de difusão do IPCA de fevereiro ficou em 61%. Isso significa que dos 377 subitens (produtos e serviços) pesquisados pelo IBGE, 61% apresentaram elevação de preço. Em dezembro, o patamar era de 69%; em janeiro, 65%.


Se forem considerados apenas os produtos alimentícios, o índice de difusão de fevereiro cai para 55%.


Resultado dos grupos


Educação: 4,70% (0,28 ponto percentual)


Habitação: 4,44% (0,65 p.p.)


Alimentação e bebidas: 0,70% (0,15 p.p.)


Transportes: 0,61% (0,13 p.p.)


Saúde e cuidados pessoais: 0,49% (0,07 p.p.)


Artigos de residência: 0,44% (0,01 p.p.)


Comunicação: 0,17% (0,01 p.p.)


Despesas pessoais: 0,13% (0,01 p.p.)


Vestuário: 0% (0 p.p.)


Principais impactos positivos de fevereiro


Pressionaram para cima


Energia elétrica residencial: 16,80% (0,56 p.p.)


Gasolina: 2,78% (0,14 p.p.)


Ensino fundamental: 7,51% (0,12 p.p.)


Ensino superior: 4,11% (0,07 p.p.)


Café moído: 10,77% (0,06 p.p.)


Aluguel residencial: 1,36% (0,05 p.p.)


Ovo de galinha: 15,39% (0,04 p.p.)


Ônibus urbano: 3,00% (0,03 p.p.)


Condomínio: 1,33% (0,03 p.p.)


Ensino médio: 7,27% (0,03 p.p.)


Etanol: 3,62% (0,02 p.p.)


Plano de saúde: 0,57% (0,02 p.p.)


Pré-escola: 7,02% (0,02 p.p.)


Puxaram para baixo


Passagem aérea: -20,46% (-0,16 p.p.)


Cinema, teatro e concertos: -6,96% (-0,03 p.p.)


Arroz: -1,61% (-0,01 p.p.)


Leite longa vida: -1,04% (-0,01 p.p.)


Batata-inglesa: -4,10% (-0,01 p.p.)


Banana-d'água: -5,07% (-0,01 p.p.)


Laranja-pera: -3,49% (-0,01 p.p.)


Óleo de soja: -1,98% (-0,01 p.p.)


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo