1) O senhor foi eleito presidente da Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar), que representa 22 municípios do norte do Paraná. Quais os planos do senhor como presidente da entidade para promover a inovação e o empreendedorismo?
Como presidente da Amepar, minha missão é fortalecer a cooperação entre os 22 municípios que fazem parte da associação para fomentar um ambiente mais favorável à inovação e ao empreendedorismo nestas cidades. Vamos trabalhar para ampliar o diálogo entre o poder público, as empresas e as universidades, promovendo parcerias estratégicas para buscarmos o desenvolvimento regional da inovação. Também vamos buscar investir na capacitação de gestores municipais de modo que compreendam a importância da inovação para seus municípios e tenham condições de desenvolver esse processo dento de suas realidades.
2) Um fator fundamental para o desenvolvimento de inovação são os ecossistemas de inovação, baseados no Modelo Triplo Hélice, que inspirou a criação do Vale do Silício nos Estados Unidos e as políticas públicas brasileiras de inovação desde a década de 1970. Que avaliação o senhor faz do ecossistema de inovação dos municípios integrantes da Amepar?
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Os municípios da Amepar possuem um grande potencial para o desenvolvimento da inovação, com universidades de excelência, indústrias e empresas em crescimento e um setor público cada vez mais aberto à modernização. No entanto, ainda há desafios a serem superados, como a necessidade de maior integração entre essas forças, tendo como mediador a Amepar, e a criação de políticas públicas que incentivem a inovação tecnológica, gerando empregos e desenvolvimento.
3) Ainda sobre ecossistemas de inovação, como o senhor pretende integrar as ações que os municípios vêm fazendo em prol do desenvolvimento da inovação?
Com a presença do ex-deputado Tiago Amaral na prefeitura de Londrina, já temos sentido essa união de forças ganhando corpo. Formamos um grupo dos seis prefeitos das maiores cidades da região, Londrina, Cambé, Ibiporã, Rolândia, Arapongas e Apucarana (que não faz parte da Amepar), para podermos planejar o desenvolvimento e as lutas de forma conjunta e a inovação está neste contexto. Nosso objetivo é criar uma rede regional de inovação, onde os municípios possam compartilhar experiências, projetos e boas práticas. Vamos incentivar a criação de hubs de inovação e incubadoras de empresas, além de parcerias com universidades e centros de pesquisa para que o conhecimento gerado seja aplicado de forma prática no desenvolvimento econômico da região.
4) Qual as estratégias da Amepar para tornar o ambiente de negócios mais propício para os empreendedores da região?
Buscaremos incentivos fiscais e linhas de crédito acessíveis para impulsionar a inovação e a competitividade das empresas locais. A região já é referência nacional quando o assunto é inovação e tecnologia, mas queremos transformar todo o Médio Paranapanema em um polo de oportunidades, onde inovação e empreendedorismo caminhem juntos.
*Lucas V. de Araujo: PhD em Comunicação e Inovação (USP).
Jornalista Câmara de Mandaguari, Professor UEL, parecerista internacional e mentor de startups.
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