A taxa de desemprego do Brasil recuou a 6,8% no trimestre encerrado em julho, após marcar 7,5% no intervalo até abril, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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O patamar de 6,8% é o menor para um trimestre encerrado em julho na série histórica iniciada em 2012.
O mercado financeiro esperava indicador de 6,9% no trimestre finalizado no mês passado, conforme a mediana das projeções de analistas consultados pela agência Bloomberg.
De acordo com o IBGE, o número de desempregados foi estimado em 7,4 milhões até julho. O contingente era de 8,2 milhões até abril.
A população desempregada reúne pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e que seguem à procura de oportunidades. Quem não está buscando vagas, mesmo sem ter emprego, não faz parte desse grupo nas estatísticas oficiais.
A taxa de desemprego já havia marcado 6,9% no trimestre encerrado em junho. O IBGE, contudo, evita a comparação direta entre períodos com meses repetidos, como é o caso dos intervalos finalizados em junho e julho.
Após a pandemia, o mercado de trabalho mostrou retomada no Brasil. O desempenho aquecido reforçou projeções de PIB (Produto Interno Bruto), mas trouxe alerta para um possível impacto na inflação.
Conforme economistas, a sequência de avanços do emprego e da renda tende a beneficiar neste ano o consumo das famílias, considerado motor da atividade econômica.
O possível efeito colateral da procura por bens e serviços em alta, de forma contínua, é a pressão sobre os preços, o que desafiaria o processo de desinflação. O resultado do PIB do segundo trimestre deste ano será divulgado pelo IBGE na próxima terça (3).