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AGRONEGÓCIO

Deral prevê alta de 10% na produção de café no PR

Lucas Catanho - Especial para a FOLHA
13 dez 2025 às 11:30

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Foto: Marcos Zanutto/Arquivo Folha
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O Deral (Departamento de Economia Rural), órgão ligado à Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento), projeta uma alta na produção de café de 10% nesta safra em comparação à anterior no Paraná.


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A estimativa é que sejam colhidas 745 mil sacas de café beneficiado na safra atual em território paranaense, ante 679 mil sacas produzidas em 2024.


Com esse aumento, o VBP (Valor Bruto de Produção) do café deve registrar nova alta em 2025, passando de R$ 1,1 bilhão para aproximadamente R$ 1,4 bilhão. O VBP é a riqueza produzida por determinada cultura dentro da porteira da propriedade.

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Um dos principais motivos para essa alta é a boa produção obtida pelos agricultores.

Hugo Godinho, agrônomo do Deral, destaca que as condições climáticas foram mais favoráveis neste ano, especialmente quanto à disponibilidade hídrica, e a qualidade do produto colhido também foi considerada boa. Neste ano, o pico da colheita se deu entre maio e junho nas propriedades do estado.

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“Atual­mente, mais de 80% da produção já foi comercializada, com preços bastante remuneradores. A maior parte do volume vendido ocorreu em um patamar superior a R$ 2.000 por saca (60 kg), ficando abaixo desse valor apenas no auge da entrada da safra, entre julho e agosto.”


De acordo com o técnico, é muito provável que o preço médio da safra se mantenha próximo desse nível, mesmo que haja um pequeno recuo das cotações nos próximos meses.

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Considerando a média registrada em 2024, de R$ 1.668,60 por saca de café beneficiado, os valores devem ficar aproximadamente 15% superiores neste ano.


“Nesta safra, o produtor pode se apropriar de maneira muito mais efetiva dos bons preços, pois no ciclo anterior a alta ocorreu apenas nos momentos finais da comercialização, limitando os ganhos financeiros.”

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O custo de produção recém-divulgado indica um total de R$ 1.137 para produzir e beneficiar uma saca de café, valor coberto com facilidade pelos preços médios registrados nas duas últimas safras.

DESAFIOS

Segundo o agrônomo do Deral, como nas últimas safras os preços do café foram mais remuneradores, principalmente em relação à soja, esta questão deixou de ser algo limitante para a atividade cafeeira a curto prazo.

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“No entanto, a contratação de mão de obra nos períodos mais críticos, especialmente na colheita, ainda é relatada como um entrave importante”, pontua.


O café produzido no Paraná atende majoritariamente o mercado interno, porém uma fração importante é exportada. “A possibilidade de segurar parte da produção pode fazer a comercialização se estender por anos, mas os preços atrativos da atualidade fizeram que o processo se acelerasse um pouco”, conclui.

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GERAÇÕES

Com propriedade em Carlópolis (Norte Pioneiro), o cafeicultor Marcelo Teixeira já representa a terceira geração familiar na atividade. O avô dele comprou, ainda no final da década de 1930, a propriedade onde hoje são cultivados 110 hectares de café arábica.


“E já tem sucessão familiar encaminhada, já que hoje os meus dois filhos tocam junto comigo a propriedade”, destaca.


Neste ano, a produção ficou em 5,5 mil sacas de café, volume 80% superior à safra anterior, que resultou em aproximadamente 3 mil sacas. “Esse aumento se deve à área de expansão da lavoura”, explica.

Segundo o cafeicultor, apesar do aumento da área, a produção registrou uma queda de 20% em comparação ao ano passado, puxada pela temperatura alta e pela seca. A média do preço da saca neste ano ficou em R$ 1.850, e a produtividade chegou a 47 sacas por hectare. “Ficamos na média entre 40 e 55 sacas”, cita.


Para atingir bons níveis de produtividade e de qualidade, o agricultor foca especialmente no bom manejo da lavoura. Ele recebe assistência de técnicos da cooperativa Capal.


“Fazemos análise do solo todo ano e corrigimos. Além disso, analisamos as folhas quatro vezes por ano”, enumera. A análise das folhas determina a quantidade necessária de adubação.


Como existe cobertura e tratamento adequados para o solo, o volume da adubação química caiu 40% dentro do ciclo. “O solo coberto reduz bem a quantidade de fertilizantes. Usamos esterco, calcário, braquiária”, enumera.

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Hoje, cerca de 60% da produção é comercializada para a Capal, cooperativa localizada em Carlópolis, e outra parte é destinada a uma exportadora localizada em Ourinhos (SP).

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