Os clubes de assinaturas não são uma novidade, mas ganharam um enorme espaço no mercado durante a pandemia de Covid-19 e seguem crescendo mesmo após a crise sanitária. O segmento já movimenta mais de R$ 1 bilhão na economia brasileira e, a cada dia, novas empresas aderem a esse modelo de negócio. Das plataformas de streaming aos serviços de barbearia, o que atrai os consumidores é a comodidade, a praticidade e a possibilidade de acesso a uma gama variada ou ilimitada de produtos ou serviços mediante o pagamento de um valor fixo mensal. Para quem vende, os clubes de assinatura são a oportunidade de fidelizar o cliente com ofertas exclusivas e a concessão de benefícios, além da garantia de um faturamento regular.
Somente em 2022, estima-se que 2,1 mil clubes de assinaturas tenham surgido no mercado e o número de associados avançou 35% desde 2020. A Gabbano Barbearia, em Londrina, faz parte dessa estatística. Em maio do ano passado, após dois anos à frente do negócio, o proprietário, Luan Soares, lançou o clube de assinaturas com a expectativa de conseguir 30 assinantes, mas a resposta dos clientes surpreendeu. Em apenas oito minutos, foram cem adesões. “Fizemos um produto piloto e depois de um mês, vimos que tinha dado certo e abrimos mais vagas. Agora, sempre que a gente libera o clube para vendas de novas assinaturas, tem bastante gente interessada. Nem é pelo corte de cabelo ou barba, mas para fazer parte da comunidade”, contou.
A comunidade a que Soares se refere é o grupo de 450 clientes ativos no clube de assinaturas. São profissionais de várias áreas que compartilham interesses em comum, que vão além do empenho em manter a regularidade nos cuidados com o visual. Para fazerem parte do clube, os membros desembolsam entre R$ 99,90 e R$ 199,90 por mês, dependendo do plano escolhido, têm acesso ilimitado aos serviços de corte de cabelo e cuidados com a barba e ganham desconto de 10% nos serviços adicionais e produtos vendidos no estabelecimento.
A barbearia também promove eventos exclusivos para membros, como harmonização de charutos e degustação de carnes de churrasco, e outras vantagens, como descontos em estabelecimentos parceiros. Entre eles, estão lojas de roupas masculinas e de vinhos.
A experiência de mais de um ano com o clube de assinaturas vem se mostrando positiva não só pelo retorno que recebe dos clientes, mas também na contabilidade da empresa. Hoje, são feitos, em média, dois mil atendimentos ao mês e Soares observou que o ticket médio gasto pelos associados é três vezes maior do que o de não associados, o que contribuiu para elevar significativamente a receita da empresa. “Em maio do ano passado, a gente faturava entre R$ 40 mil e R$ 50 mil por mês. Depois do clube, nosso faturamento médio mensal subiu para R$ 100 mil. Em dezembro, faturamos R$ 157 mil. Isso se deve muito às assinaturas, que nos ajudam a planejar os próximos meses.”
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