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Diminuição de recursos

Ameaça de estouro da bolha das startups não atinge o agronegócio

Simoni Saris - Grupo Folha
24 jan 2023 às 11:26

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- Reprodução/iStock
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O corte de investimentos que atingiu as startups nacionais em 2022 não afetou as empresas de inovação que atuam no setor do agronegócio. Pelo menos, na região de Londrina. 


Após o boom experimentado em 2021, no ano passado os recursos minguaram e as prioridades, mudaram, reduzindo pela metade o volume de investimentos nesse tipo de negócio. Um levantamento da plataforma de inteligência de dados SlingHub, apontou que o aporte caiu de US$ 10,5 bilhões (R$ 53,7 bi) para US$ 5,2 bilhões (R$ 26,6 bi) de um ano para outro.

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Nas startups da América Latina, a queda nos investimentos foi ainda maior, da ordem de 34%, baixando de US$ 18,4 bilhões (R$ 94 bi) em 2021 para US$ 12 bilhões (R$ 61,3 bi) no ano passado. Em número de aportes, a redução foi de 10%.

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Entre as principais causas da menor disposição do mercado para investir, está a elevação da taxa de juros impulsionada pela alta da inflação, principalmente nos Estados Unidos. 

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O Federal Reserve, o banco central americano, elevou rapidamente o ritmo de aperto monetário em 2022, revertendo o fluxo de dinheiro de ativos mais arriscados para os considerados mais seguros, como a renda fixa, com impacto direto nas startups.


No Brasil, esse movimento ocorreu com mais força no primeiro semestre, quando unicórnios – as startups avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais – promoveram demissões em massa. 

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O número de novos unicórnios no país despencou 80% depois do recorde de dez startups que alcançaram esse patamar em 2021. No ano passado, foram apenas duas: Neon e Dock.


Head de Relações Institucionais do Cocriagro, hub de inovação para o agronegócio surgido no ecossistema local de inovação, George Hiraiwa afirma que as startups londrinenses que atuam no setor ainda surfam na onda dos bons negócios, alheias à ameaça de estouro da “bolha” das empresas de inovação observada em outros setores. 

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“Para o agronegócio, o ano passado foi muito bom, principalmente para as startups que olham para a questão de crédito, especialmente para o pequeno e médio produtor, e as agfintechs. (Nessas áreas) os fundos ainda estão procurando”, avaliou o executivo.


Ao longo do ano passado, Hiraiwa calcula em cerca de R$ 8,5 milhões o total de investimentos feitos por fundos nas startups do hub Cocriagro. Somando-se a esse valor os investidores anjos, o total fica em torno de R$ 9 milhões.


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA.

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