Londrina será o segundo município do Paraná com maior impacto econômico do 13º salário até dezembro deste ano de 2025, de acordo com estimativa do Escritório Regional do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Ao final do ano, a cidade deverá movimentar cerca de 4,82% de todo o volume projetado para os 40 maiores municípios do Estado — o equivalente a aproximadamente R$ 655 milhões injetados no comércio e nos serviços locais.
No total, o Dieese calcula que R$ 13,578 bilhões serão pagos aos trabalhadores do mercado formal (celetistas e estatutários) nesses municípios, o que representa 80,4% de todo o 13º salário a ser distribuído no Paraná em 2025. Serão 2,916 milhões de paranaenses beneficiados, com rendimento médio de R$ 4.656,55.
O estudo considera o estoque de empregos formais registrado na Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2023, somado ao saldo do Novo Caged entre janeiro de 2024 e setembro de 2025. Entram na conta tanto trabalhadores do setor privado quanto servidores públicos com carteira assinada ou estatutários.
Por outro lado, os cálculos não incluem empregados domésticos com carteira, aposentados e pensionistas do INSS ou dos regimes próprios, nem trabalhadores autônomos ou informais que eventualmente recebam algum tipo de abono de fim de ano — grupos para os quais não há dados consistentes em nível municipal. Também não há distinção entre categorias que recebem parte do 13º de forma antecipada por acordos coletivos.
O levantamento mostra forte concentração regional: Curitiba (35,77%), Londrina (4,82%) e Maringá (4,57%) respondem sozinhas por 45,15% de todos os valores que circularão nos principais municípios do Paraná. Quando somados São José dos Pinhais (3,82%) e Cascavel (3,27%), cinco cidades passam a concentrar mais da metade (52,24%) do montante estadual.
Entre os municípios da Região Metropolitana de Londrina, Arapongas é o que deve injetar o maior volume na economia com o pagamento do 13º salário, alcançando aproximadamente R$ 159,2 milhões. Em seguida aparecem Cambé, com cerca de R$ 118,8 milhões, e Rolândia, que deve movimentar em torno de R$ 102 milhões. Ibiporã completa o grupo, com estimativa próxima de R$ 66,1 milhões. Entre cidades próximas, Apucarana também se destaca, com previsão de R$ 148,3 milhões, enquanto Cornélio Procópio deve registrar aproximadamente R$ 71,6 milhões.
O maior valor médio do 13º salário será pago aos trabalhadores de Curitiba, estimado em R$ 5.811,36, enquanto o menor será registrado em Matelândia, com R$ 2.977,62.
A primeira parcela do 13º salário deve ser paga até 30 de novembro, mas, em 2025, a data cairá em um domingo. Por isso, o depósito precisa ser antecipado para sexta-feira, 28 de novembro. A segunda parcela permanece com prazo limite em 20 de dezembro.
Com participação expressiva na economia paranaense e forte base de empregos formais, Londrina deve sentir de forma direta o impacto desse reforço de fim de ano, que tradicionalmente beneficia o comércio, os serviços e o pagamento de dívidas das famílias.