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Prejuízos para a economia

Clima, catástrofes naturais e cibersegurança crescem entre os riscos para o Brasil

Fernanda Brigatti - Folhapress
16 jan 2024 às 19:02
- José Cruz / Agência Brasil
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As mudanças climáticas e a ocorrência cada vez mais frequente de eventos extremos e, com eles, catástrofes naturais, colocaram o tema entre as principais questões apontadas por executivos como aquelas com potencial para interromper negócios em 2024.


A percepção consta de pesquisa divulgada globalmente nesta terça (16) pela Allianz Commercial. No Brasil, foram ouvidos 68 executivos.

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Segundo o "Barômetro de Riscos 2024", a interrupção dos negócios -pela quebra da cadeira de suprimentos, por exemplo- ainda aparece entre os problemas mais citados, mas o assunto deixou o primeiro lugar e segue tendência de queda.

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Em todo o mundo, a pesquisa da Allianz mostra que violação de dados, interrupções em tecnologia da informação e alta dos ataques do tipo ransomware levaram os riscos cibernéticos ao topo da escala de preocupações das empresas neste ano.

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No Brasil, o nível de preocupação com o assunto é considerado estável na comparação com a pesquisa do ano anterior. Os incidentes de cibersegurança estão na segunda posição do ranking, empatados com a interrupção dos negócios.


Segundo o relatório da Allianz, a avaliação das companhias é a de que o cenário de ameaças cibernéticas está evoluindo, levando empresas de diversas indústrias a olharem para o tema com atenção.

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As movimentações mais relevantes no ranking de risco deste ano são referentes à questões climáticas. As catástrofes naturais, como tempestades, alagamentos, incêndios e eventos extremos, foram citadas por 28% dos executivos no Brasil, levando o tema da sexta para a quarta posição.


Em todo o mundo, o tema lidera o ranking de preocupações em Croácia, Grécia, Hong Kong, Hungria, Malásia, México, Marrocos, Eslovênia e Tailândia, muitos dos quais, destaca a Allianz, sofreram com eventos significativos em 2023, com incêndios ou inundações severas.

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Localmente, as mudanças climáticas -agora em primeiro lugar no Brasil-, estavam em oitavo no ano anterior. O tema foi citado por 35% dos executivos, enquanto em 2023 era um temor de 11%. A tendência é de alta.


A Allianz inclui nesse assunto preocupações com riscos financeiros, físicos e operacionais decorrentes do aquecimento global. O relatório da pesquisa também aponta que as empresas consideram ainda as pressões de acionistas por uma transição para uma economia mais sustentável.

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Para Petros Papanikolay, CEO da Allianz Commercial, os resultados da pesquisa para 2024 mostram problemas já enfrentados pelas companhias e alguns desafios sobre a mesa, como a digitalização e o ambiente político incerto.


"Muitos desses riscos já estão impactando, com condições climáticas extremas, ataques de ransomware e conflitos regionais esperados para testar ainda mais a resiliência das cadeias de abastecimento e modelos de negócios em 2024", diz, em nota.

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O relatório da pesquisa da Allianz aponta que o ano de 2023 foi abalado por conflitos, golpes e insurgência civil em diversas partes do mundo, fazendo com que as preocupações sobre o tema continuem.


O Brasil, lembra a publicação, "passou por um ataque ao Congresso Nacional após a nova eleição do esquerdista Lula da Silva, desbancando Jair Bolsonaro". O dia em que apoiadores do ex-presidente atacaram os prédios dos Três Poderes acaba de completar um ano: foi em 8 de janeiro de 2023.


No ranking, risco políticos e violência aparecem na décima posição. Há um ano, o tema estava em oitavo lugar. Segundo o barômetro da Allianz Commercial, essa preocupação está em queda.


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