Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Conflitos por terra e água em alta

Violência no campo: 2024 teve recorde de ameaças de morte

Redação Bonde com Agência Brasil
23 abr 2025 às 11:58

Compartilhar notícia

Assessoria MST-PA
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O ano de 2024 mostrou um aumento significativa de conflitos envolvendo terra e água no Brasil na comparação com 2023. As disputas subiram de 1.724 para 1.768 e de 225 para 266, respectivamente, conforme aponta a CTP (Comissão Pastoral da Terra) em seu relatório anual lançado nesta quarta-feira (23). O estudo adverte para a alta na incidência de contaminação por agrotóxicos e o recorde de ameaças de morte.


Dentro da esfera dos conflitos no campo, a única das três categorias que teve redução foi a de conflitos trabalhistas, que diz respeito a casos de trabalho escravo contemporâneo. Ao todo, no ano passado, foram identificadas 151 ocorrências, número subnotificado, como destacou a CPT em entrevista à imprensa.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Do total de conflitos por terra registrados no ano passado, 1.624 foram ocorrências de violências contra a ocupação, sendo o Maranhão responsável por 363 casos, ou seja, mais de um quinto (21,6%). Completam a relação das dez unidades federativas com maior quantidade o Pará (234), a Bahia (135), Roraima (119), o Amazonas (117), Mato Grosso (102), Mato Grosso do Sul (93), o Acre (59), Goiás (49) e Tocantins (46).

Leia mais:

Imagem de destaque
Correção

INSS vai devolver R$ 292 milhões a aposentados com descontos ilegais

Imagem de destaque
'Mentora intelectual'

Moraes vota para Carla Zambelli pegar 10 anos de prisão por invasão ao CNJ

Imagem de destaque
Segunda Guerra Mundial

Em visita à Rússia, Lula celebra 80 anos da vitória contra o nazismo

Imagem de destaque
Veja números sorteados

Mega-Sena está acumulada em R$ 45 milhões para o próximo sorteio


O restante computado na classe de conflitos por terra foi de ações de resistência, que somaram 88 notificações.

Publicidade


Uma singularidade do ano retratado nesta última edição do relatório é o aumento expressivo de ocorrências de contaminação por agrotóxico. No ciclo de 2015 a 2023, a média era 24,3 por ano.


Em 2024 houve uma generalização e 276 foram registrados. Novamente, o Maranhão aparece em primeiro lugar, respondendo por 228 deles (83,5%).

Publicidade


Os incêndios, documentados na classe dos conflitos por terra, subiram de 91 para 194 (113%), enquanto o desmatamento ilegal passou de 150 ocorrências para 209 (39%). A CPT ressalta que a Amazônia Legal foi a região mais atingida por ambos os fenômenos. Mato Grosso concentra 25% dos incêndios e o Pará protagoniza a maior parte da perda de vegetação (20%).


As principais vítimas de violência no contexto das disputas por terra foram os indígenas (29%), posseiros (25%), quilombolas (13%) e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) (11%). Como principais agentes que perpetraram as agressões são apontados fazendeiros (44%), empresários (15%) e o governo federal (8%). 

Publicidade


Violência contra a pessoa

No documento, constam, ainda, dados sobre assassinatos, tentativas de assassinato, ameaças de morte e intimidação. O ano passado, informaram os pesquisadores, foi marcado duas quebras de padrão bastante notáveis: a queda mais significativa, desde 2015, no número de assassinatos, que totalizaram 13 ocorrências, e o recorde de ameaças de morte, um total de 272, também dentro dos últimos dez anos.


Outro elemento que se repete no circuito de violência no campo é o latifundiário como multiplicador das agressões. Seis dos 13 casos de homicídio (46%) foram encomendados por fazendeiros.


Em quatro dos assassinatos com fazendeiros implicados, verificou-se que forças policiais foram quem executaram ou apoiaram os autores. Uma das execuções foi cometida por um ex-policial militar que atuava como segurança particular de um empresário, que foi quem ordenou o crime.


Imagem
Animais grandes soltos pelas ruas de Londrina podem ser apreendidos
Pouco conhecido por grande parte da população, Londrina conta com um serviço específico para o recolhimento de animais de
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo

Portais

Anuncie

Outras empresas