Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
redrobre a atenção!

Reforce a segurança do celular no Carnaval para evitar prejuízos com golpes do Pix e furtos

Folhapress
22 fev 2025 às 00:00

Compartilhar notícia

Imagem de Freepik
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Cidades conhecidas pela folia, como São Paulo e Salvador, estão entre os municípios com maior incidência de furto de celular, mostra o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Na capital paulista, o índice chega aos 1.781 furtos por 100 mil habitantes.


Por isso, os foliões precisam recorrer a estratégias diversas para proteger o aparelho, que hoje serve, ao mesmo tempo, como telefone, mapa, documento e banco.

Empresas e o governo oferecem aplicativos de bloqueio, serviço de seguro para smartphone e os brasileiros ainda são criativos, com estratégias como o "celular do ladrão" -que consiste em andar com um celular velho e sem valor, enquanto se guarda o smartphone do dia a dia em casa.

CELULAR SEGURO

O MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) anunciou no fim de 2023 um app que funciona como um botão de emergência em caso de furtos - o Celular Seguro. Deixar o app configurado antes do Carnaval é o primeiro item da lista de tarefas de segurança.

Caso a pessoa seja alvo de um furto ou perca o dispositivo, ela pode bloqueá-lo na web, usando o sistema Gov.br, ou pedir para um contato de confiança bloquear o aparelho. Este contato deve estar cadastrado previamente no Celular Seguro.

O aplicativo oferece duas opções de bloqueio: uma chamada modo recuperação que encerra o acesso à linha telefônica e aos apps bancários, e o bloqueio total que impede o aparelho de receber novos chips ao ser acionado por meio do Imei, um número único que identifica o celular.

Neste último caso, só é possível reativar o celular entrando em contato com a operadora. A pasta da Justiça e da Segurança Pública também adverte que o bloqueio total ainda dificulta o trabalho da polícia na recuperação do aparelho.

Para evitar transtornos nos casos em que a pessoa encontra o aparelho perdido, o Ministério da Justiça recomenda que o app seja acionado apenas quando for necessário.

O modo recuperação foi anunciado em dezembro, e foi possível graças a uma parceria da pasta da Justiça com os bancos membros da Febraban e o Nubank. O governo ainda negocia para incluir Uber, iFood e ecommerces, uma vez que os criminosos também aproveitam o smartphone roubado para fazer pedidos.

O MJSP trabalha na criação de uma base de dados unificadas de celulares furtados para dificultar a revenda dos aparelhos receptados. No momento, há dificuldades para integrar as informações dos 16 estados que não usam a base de dados compartilhada do governo.

'MODO LADRÃO' DO GOOGLE

Nos smartphones Android, o sistema operacional do Google, os usuários têm a opção de ativar um modo de segurança, que bloqueia a tela automaticamente, quando houver a detecção de um movimento brusco. O recurso ficou conhecido popularmente como "modo ladrão" e pode reforçar a segurança do aparelho durante as festas de rua.

O usuário precisa ativar na tela de configurações essa opção, que estará desativada por padrão.

O bloqueio por detecção de roubo, como é chamado oficialmente, é ativado a partir de um gatilho ligado aos sensores e ao aplicativo aberto no smartphone. Esse mecanismo detecta a chance de alguém ter agarrado o aparelho e ter saído correndo, seja em uma bicicleta, a pé ou em um carro.

O recurso pode gerar bloqueios indesejados, uma vez que foi programado para ter mais falsos positivos do que negativos.

Trata-se de um bloqueio de tela simples, desativado com reconhecimento biométrico ou senha, diferentemente do bloqueio presente no "Encontre meu dispositivo", em que o usuário pode deixar uma mensagem na tela do smartphone.

PROTEÇÃO DE DISPOSITIVO ROUBADO DA APPLE

A Apple tem, nos iPhones, um recurso para dificultar que mesmo ladrões que têm o código de desbloqueio de um celular roubado acessem senhas salvas, façam operações financeiras por meio de aplicativos e restaurem os padrões de fábrica para vender os aparelhos.

Esse modo, que pode ser ativado nos ajustes do aparelho, impõe camadas de autenticação adicionais quando o iPhone está longe de locais conhecidos, como casa ou trabalho. A ferramenta chama-se "Proteção de dispositivo roubado".

Para acessar senhas e cartões de crédito armazenados, o dispositivo solicita reconhecimento facial ou de digital -Face ID ou Touch ID-, que não poderão ser substituídos pela senha de acesso ao aparelho.

A alteração da senha no sistema da Apple (Apple ID) ainda fica bloqueada por uma hora, quando o dispositivo pede nova autenticação com Face ID ou Touch ID. Dessa maneira, a fabricante espera aumentar as chances do usuário consiga marcar o aparelho como perdido para apagar ou bloquear dados.

O recurso está disponível para iPhone XR e modelos posteriores.

CADEADO GALAXY

A Samsung também oferece uma opção de bloqueio de aplicativos e dados bancários em seus aparelhos: o cadeado Galaxy.

Nesse serviço, o usuário pode ligar a uma central telefônica da Samsung ou acessar este site para bloquear o aparelho pelo Imei, assim como faz o celular seguro. O atendimento funciona 24 horas por dia pelos telefones 4004-0000 (capitais e grandes centros) ou 0800 555 0000 (demais cidades e regiões).

Os donos dos smartphones mais recentes da empresa coreana (ver lista abaixo) podem usar o serviço de segurança da Samsung de graça por um ano. Depois, o pacote passa a custar R$ 39,90 por ano (o valor vai para R$ R$ 59,90 no caso da licença bianual).

A empresa coreana disponibiliza teste de um ano para os seguintes aparelhos:

Galaxy S25, S25+ e S25 Ultra
Galaxy S24, S24+, S24 Ultra e S24 FE
Galaxy S23, S23+, S23 Ultra e S23 FE
Galaxy S22, S22+ e S22 Ultra
Galaxy S21, S21+, S21 Ultra e S21 FE
Galaxy Z Flip3, Z Flip4, Z Flip5 e Z Flip6
Galaxy Z Fold3, Z Fold4, Z Fold5 e Z Fold6.

O cadastro, no teste gratuito, pode ser feito no site usando um dos smartphones mencionados acima.

LIMPE O SMARTPHONE ANTES DA FOLIA

Outro problema recorrente após ocorrências de furto e roubo de smartphone é a extorsão, usando informações sensíveis mantidas em conversas em aplicativos ou de fotos íntimas. Limpar o celular de qualquer material que possa subsidiar crimes também ajuda.

O consultor em segurança pessoal Fernando Soares recomenda ainda que os foliões excluam aplicativos bancários e de comércio virtual que não forem estritamente necessários, uma vez que os criminosos podem fazer compras com o aparelho surrupiado.

Outra opção de segurança é manter os aplicativos que podem gerar prejuízos financeiros em uma pasta protegida por senha. Esse recurso pode ser acessado nas configurações de iPhones e dispositivos Android.

Aplicativos bancários também oferecem travas internas para aumentar a segurança. O Nubank tem o modo rua, que permite fazer transações apenas quando se está conectado a redes wifi registradas. O C6 configura sua trava para liberar transações de valores mais altos e a visualização de investimentos no aplicativo apenas quando o usuário está em locais conhecidos, como a casa ou o trabalho.

Os bancos, em geral, ainda permitem limitar as quantias movimentadas usando o Pix em um dia.

CELULAR DO LADRÃO

Entre quem decidiu levar um smartphone para a folia, uma tendência é aderir a um aparelho velho e de baixo valor de mercado.

Outra dica é deixar apenas os aplicativos necessários para comunicação e localização durante a festividade, como WhatsApp e mapas.

A PCSP (Polícia Civil de São Paulo) recomenda que os foliões nunca guardem o celular no bolso de trás ou mochilas durante a festa.

Uma opção é guardar o celular em doleiras mantidas sob as roupas, de acordo com o consultor de segurança pessoal Fernando Soares. Outro cuidado, segundo ele, é jamais emprestar o celular para desconhecidos, "por mais comovente que seja a história".

As autoridades aconselham que as pessoas evitem tirar fotos onde houver risco de furto ou roubo. Manusear o aparelho em público é contraindicado.

"Caso se perca de seus amigos, marque um horário e um ponto de encontro", recomendam a polícia judiciária. "Se, eventualmente, for abordado por uma pessoa suspeita, não reaja, não grite e não discuta", acrescentam.

SEGUROS PARA SMARTPHONE

Como a perda do celular é sempre um risco, outra medida de segurança para os foliões é a contratação de um seguro. Os valores das parcelas da apólice, que dura um ano, partem de R$ 15 ao mês -é possível fazer cotações online e em celulares mais recentes a mensalidade ultrapassa os R$ 100.

Ao contratar o serviço, o cliente deve checar se o seguro cobre furto e danos acidentais. No caso da Pier, o serviço não cobre esta última categoria de sinistro. Já no pacote da Kakau, os furtos estão descobertos pela apólice.

A Pier é a única empresa que não cobra franquia, mas oferece dois pacotes -um que devolve 100% do valor do aparelho e outro 75%. O padrão do mercado é cobrar, na franquia, 25% do valor da cobertura.

Também oferecem o serviço: Porto, Ciclic e BemMaisSeguro.

CELULAR RESERVA A BAIXO PREÇO

No caso de quem já sofreu o furto ou perdeu o aparelho, há também a possibilidade de aluguel de celulares por curtos períodos. Isso dá ao folião furtado o tempo para comprar outro celular com calma sem deixá-lo desconectado do mundo virtual.

As lojas paulistanas Commcenter e Commshop, revendedoras da Vivo, por exemplo, oferecem o serviço AlugaCell. "Seu celular foi roubado? Tenha um smartphone reserva", diz anúncio nos pontos comerciais.
O aluguel de um aparelho por 15 dias custa a partir de R$ 118,80 (por um aparelho de entrada) e sobem até R$ 238,80 por iPhones.

Passada a quinzena, a loja oferta ainda a possibilidade do aluguel diário. Para fechar o contrato, é necessário ter, em mãos, documento com CPF e um cartão de crédito para cobrança de caução.

O contratante do serviço fica com a responsabilidade de zelar pelo aparelho. Em caso de furto ou roubo do celular alugado, o cliente deve ressarcir a empresa com o valor de mercado do dispositivo e entregar boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil.

Caso a loja que alugou o celular ou a polícia encontre o aparelho, a proprietária devolve o dinheiro ao cliente com descontos da receita perdida durante a ausência do celular.

Leia também:

Imagem
Folia transferida: Londrina 'perde' carnaval no Parque Ney Braga para Ibiporã
Um das folias de Carnaval mais aguardadas de Londrina, organizada pelo Bloco Vê Se Pode, que seria realizada no Parque Ney Braga, na segunda-fei
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo