A pandemia do novo coronavírus fez a esperança de vida ao nascer no estado de São Paulo cair em um ano em 2020, revelou um estudo feito pela Fundação Seade.
No ano passado, a expectativa de vida foi estimada em 75,4 anos, valor menor que em 2019, quando a esperança de vida ao nascer era de 76,4 anos.
Com isso, a expectativa de vida no estado paulista regrediu sete anos, voltando a números que eram apresentados em 2013. "O rápido aumento dos níveis de mortalidade, devido à expansão da pandemia da covid-19 em todo o território paulista, afetou diretamente os padrões demográficos de longevidade conquistados, resultando em retrocesso ao patamar de vida média observado sete anos atrás, entre 2012 e 2013”, diz o estudo.
Leia mais:
Inmet emite alerta para chuvas intensas no Sul e mais três regiões do Brasil
Anvisa fecha duas fábricas de bronzeamento artificial na Grande SP
Aviões da FAB colidem no ar durante treinamento no interior de SP
Com Dia da Consciência Negra, novembro passa a ter 3 feriados; veja os feriados de 2025
Diferença entre homens e mulheres
Para os homens, a expectativa de vida caiu mais do que para as mulheres. Entre as mulheres, a vida média caiu de 79,4 para 78,7 anos, com perda de 0,7 ano em 2020. Já entre os homens passou de 73,3 para 72,0 anos, uma redução de 1,3 ano.
Com isso, a diferença de longevidade entre os gêneros passou de 6,1 anos para 6,7 anos em 2020, interrompendo o ritmo de queda. Essa diferença de longevidade decrescia desde 2000, quando ela estava estabelecida em 9 anos. Em 2019, essa diferença correspondia a 6,1 anos.
Mortalidade por faixas etárias
No ano passado, as taxas de mortalidade cresceram nas idades acima de 15 anos. Até 14 anos, houve redução de 20%. Já entre 15 e 29 anos, houve acréscimo de 11%. Nas demais faixas etárias, cresceu em torno de 15%.
Entre 30 e 59 anos, o aumento foi próximo ao dos idosos, mas o número de óbitos por mil habitantes é bem distinto. No primeiro grupo, as taxas passaram de 3,4 para 3,9 óbitos a cada mil habitantes, enquanto nas idades entre 60 e 69 anos, as taxas foram de 15,0 para 17,2 óbitos por mil habitantes. Já no grupo entre 70 e 79 anos, as taxas passaram de 33,2 para 38,0 óbitos por mil habitantes.