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Seis pessoas

Pacientes infectados com HIV em transplantes precisam de acompanhamento vitalício

Folhapress
21 out 2024 às 15:27
- Reprodução/Canva
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O HIV, sigla em inglês para Vírus da Imunodeficiência Humana, ataca o sistema imunológico e enfraquece progressivamente as defesas do corpo, tornando-o vulnerável a infecções oportunistas e doenças graves. As pessoas infectadas com o vírus a partir da doação de órgãos contaminados no Rio de Janeiro vão precisar de acompanhamento médico constante e por toda a vida.


Os seis pacientes que receberam transplantes de rins, coração, fígado e córneas devem receber medicamentos para controlar o vírus e manter as defesas do corpo contra doenças e infecções. O PCS Lab Saleme, laboratório que emitiu laudos falsos negativos e resultaram na doação de órgãos contaminados, está sob investigação. Quatro pessoas foram presas.

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Caso não tenha sido identificada a infecção por HIV de forma precoce e iniciado o tratamento correto com antivirais, a doença pode dificultar a recuperação desses pacientes.

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Infectologista e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Raquel Stucchi afirma que o HIV aumenta o risco de os pacientes desenvolverem infecções comuns, como gripe, mas que para eles serão muito graves, porque o sistema imunológico do corpo vai estar fragilizado.

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"Felizmente, hoje nós temos um tratamento muito fácil por via oral, com medicação fornecida pelo SUS [Sistema Único de Saúde]. Se o paciente fizer o uso corretamente, a doença não vai progredir e ele vai viver normalmente sem ter nenhuma queda da sua imunidade", diz.


Para o infectologista Leandro Ladesma, da Rede Hospital Casa, no caso dos pacientes transplantados, a principal mudança é que eles vão ter que fazer o acompanhamento da infecção pelo HIV para prevenir o desenvolvimento da Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), que é a fase mais avançada do vírus, quando o corpo não consegue mais se defender das doenças.

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"Isso significa que eles terão acompanhamento médico contínuo e monitoramento rigoroso da infecção pelo HIV", diz. "Esses pacientes também terão que lidar com desafios associados ao HIV, como o estigma social e possíveis efeitos colaterais dos medicamentos."


Segundo o médico, quando a pessoa é contaminada pelo HIV, elas passam por uma condição chamada de síndrome retroviral aguda, quando surgem sintomas como febre, dor no corpo, dor de cabeça, cansaço e alterações na pele, como vermelhidão, inchaço, bolhas, coceira, descamação ou manchas.

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"Esses sintomas costumam durar alguns dias ou algumas semanas e muitas vezes passam despercebidos ou são confundidos com outras infecções. Depois dessa fase inicial, a infecção entra num período de latência clínica, uma fase assintomática, que pode durar vários anos e é nesse momento que o vírus vai atacando o sistema imunológico do paciente", explica.


Caso não seja tratada a infecção, o paciente poderá desenvolver a Aids. Nessa fase, podem surgir infecções ou doenças oportunistas graves, como pneumonias, infecção de sistema nervoso central, meningite e tuberculose disseminada.

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"Nesse estágio mais avançado, conhecido como Aids, o risco dessas doenças oportunistas aumenta bastante, mas com o tratamento adequado é possível controlar sintomas e viver anos com uma boa qualidade de vida."


Prisão prorrogada

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A Justiça do Rio de Janeiro negou nesta sexta-feira (18) o pedido de liberdade provisória da técnica em patologia clínica Jacqueline de Assis e prorrogou por mais cinco dias sua prisão e dos outros três investigados pela infecção por HIV em pessoas transplantadas.


O laboratório PCS Lab Saleme é investigado por emitir laudos com falsos resultados negativos para o vírus de HIV. Os quatro presos trabalhavam no local. Além de Jacqueline, também estão detidos o sócio da clínica, Walter Vieira, e os técnicos Cleber de Oliveira Santos e Ivanilson Fernandes dos Santos.

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Na decisão, a juíza Aline Abreu Pessanha, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, argumenta que "há elementos robustos" que reforçam a necessidade da manutenção da prisão temporária. Também afirma que a soltura pode atrapalhar as investigações.


"A prisão temporária, ao menos por ora, apresenta-se como absolutamente necessária para garantir o prosseguimento das investigações", diz.


A defesa de Jacqueline também pediu que a prisão fosse convertida em domiciliar, alegando que ela é mãe de duas filhas menores de idade. Ao negar, a Justiça afirma que "não há qualquer documento que comprove tal alegação".


Segundo a Polícia Civil, os investigados respondem a acusações como falsidade ideológica, falsificação de documentos, infrações sanitárias, crimes contra as relações de consumo e associação criminosa.


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