O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou 15 pessoas à Justiça pelo crime de organização criminosa pelo roubo de carga e falsificação de notas de real. O grupo atuava em núcleos, compreendendo articuladores que negociavam cargas roubadas, assim como parte do bando que acondicionava o produto do roubo em depósitos e fazia o transporte após a venda.
O policial militar Jorge Luiz Chatack é acusado de ser um dos responsáveis pelos roubos. A quadrilha concentrava a atuação na cidade de Mesquita, na Baixada Fluminense, e também na zona norte da capital. Outras pessoas do banco confeccionavam notas falsas de real. A quadrilha contava com assaltantes e receptadores para recolocar os produtos no mercado. Três pessoas foram presas nesta segunda-feira (8) e outros quatro já estavam no sistema penitenciário. A denúncia foi recebida pela 7a. Vara Criminal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Prisões
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O policial militar foi preso em flagrante em 2015, quando realizava um roubo qualificado de carga. Outros três integrantes da quadrilha haviam sido presos em 2015 por roubo qualificado e organização criminosa. Com eles, foi apreendido um caderno de anotações, com informações que permitiram o início da investigação e culminaram na operação desta segunda-feira, em parceria com a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas.
Até o fim da manhã, outras três pessoas foram presas, entre elas Carlos Alberto Alves Coelho (Carlinhos), apontado como o principal articulador do grupo. Ele atuava desde o roubo até o destino final das mercadorias.
Apreensões
Ainda de acordo com as investigações, proprietários de padarias, bares e restaurantes eram receptadores dos produtos roubados. Os policiais civis também prenderam Oswaldo Jorge Pessanha e Marcelo Fontes da Silva. Esses dois são apontados na denúncia como integrantes do núcleo de receptadores das mercadorias.
Foram apreendidas cerca de 4 toneladas de mercadorias, entre carnes, laticínios, azeite e bebidas, no Centro Gastronômico Concha Doce, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Conforme o Ministério Público, a operação continuará nos próximos dias, com o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão em outros locais.