O conselho de administração da Petrobras confirmou nesta sexta-feira (24) a nomeação de Magda Chambriard à presidência da estatal, encerrando um conturbado processo de sucessão que derrubou as ações da companhia por duas ocasiões nos últimos meses.
Leia mais:
Plataforma dá mapa para acesso ao aborto em casos de feto incompatível com a vida
Deputado federal lança livro e documentário sobre dívida pública brasileira nesta quinta-feira
STF derruba lei municipal que proíbe vacinação compulsória contra Covid
STF homologa acordo de R$ 170 bi entre mineradoras e governos por tragédia em Mariana
Segundo a estatal, a executiva tomou posse como conselheira e presidente da Petrobras nesta sexta. A empresa defende que não é necessária a realização de assembleia de acionistas para confirmar seu nome, como queriam alguns acionistas privados.
Magda foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir Jean Paul Prates, demitido na semana passada após longo processo de fritura, que ganhou força após sua abstenção em votação sobre dividendos extraordinários sobre o lucro de 2023.
Prates não acompanhou a proposta do governo para reter os dividendos, alegando que precisava defender a proposta feita por sua diretoria para a distribuição de 50% do valor. Foi criticado publicamente pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobreviveu por algumas semanas mas acabou demitido.
Sua substituta havia sido cotada para presidir a estatal ainda durante a transição, mas acabou perdendo a vaga. Agora, chega à Petrobras com a missão de dar celeridade às entregas do bilionário plano de investimentos da estatal e mostrar resultados antes da eleição presidencial de 2026.
A lista de projetos prioritários que recebeu do governo inclui recompra de refinarias, encomendas a estaleiros nacionais, e apoio à criação de polo gás-químico em Minas Gerais, base eleitoral do ministro Silveira.
Magda é ex-funcionária da Petrobras e comandou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) no governo Dilma Rousseff (PT). Ela disputou com Prates a preferência de Lula na indicação à chefia da estatal no início do governo.
A agora presidente da Petrobras já vinha frequentando a empresa nos últimos dias, para encontros com a gestão da empresa em uma espécie de processo de transição. Ela ainda não deu entrevistas à imprensa.