A 16ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) solicitou que a Record informe se poderia pagar em juízo a um credor de Ana Hickmann. A ideia é usar os valores contratuais que a apresentadora e ex-modelo recebe da emissora por meio de sua pessoa jurídica para quitar uma dívida.
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O pedido foi feito no dia 8 deste mês. A reportagem teve acesso à ação, movida pelo Daniele Banco, instituição financeira que concedeu crédito à Hickmann Serviços Ltda., empresa que até o ano passado era de Hickmann em sociedade com o ex-marido, Alexandre Correa.
O banco diz que fez um crédito de R$ 185,3 mil para a empresa de Hickmann, mas não teve retorno de pagamento nem conseguiu fazer qualquer tipo de negociação para resolver a situação. Com isso, a instituição quer que os valores que a TV de Edir Macedo eventualmente vá pagar à empresa da apresentadora sejam penhorados.
Em sua decisão, o desembargador Miguel Petroni Neto concordou que a Record fosse consultada sobre o assunto. O magistrado pediu que a emissora responda em até 30 dias se existem créditos a serem depositados na conta da Hickmann Serviços Ltda.
"Defiro o pedido e determino que a Record informe se a executada Hickmann Serviços Ltda. possui créditos a serem auferidos em razão de negócios jurídicos existentes entre as partes, e, em hipótese positiva, providencie o pagamento dos valores por intermédio de depósito para conta bancária vinculada a este Juízo", diz trecho da decisão.
A Record tem até 30 dias, após intimação, para responder se poderia fazer o depósito de forma judicial. Se a resposta for positiva, a Justiça repassaria o montante depositado pela emissora para o banco solicitante.
Hickmann alega que Correa fez negócios falsificando sua assinatura para desviar dinheiro enquanto os dois eram casados. Os advogados da ex-modelo afirmam que o empresário transferiu R$ 41,8 milhões para contas privadas, segundo um laudo técnico entregue para a defesa.
Procurada pela reportagem, a defesa de Ana Hickmann confirmou a situação, mas diz que o caso está em "análise judicial". A Record diz que não comenta casos judiciais em andamento.