Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Impacto na vegetação

Incêndios e fumaça podem piorar no Brasil em setembro devido à seca e a novas ondas de calor

Lucas Lacerda - Folhapress
04 set 2024 às 22:00

Compartilhar notícia

- Divulgação/Brigada de Alter do Chão (PA)
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O monitoramento de seca no Brasil indica que setembro pode ter ainda mais ocorrências de incêndios do que nos meses anteriores. Já o impacto na vegetação, identificado em dados dos últimos três meses, aumenta o risco de propagação do fogo.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Leia mais:

Imagem de destaque
Alerta

Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil é neste sábado

Imagem de destaque
Viagem de 20 horas

Médicos e estudantes do Paraná embarcam em missão humanitária

Imagem de destaque
Julgamento termina dia 26

STF forma maioria para manter Robinho preso por estupro

Imagem de destaque
Em Copacabana

29ª Parada do Orgulho LGBTIA+ acontece domingo no Rio de Janeiroo

A situação se complica com a previsão de mais ondas de calor para o mês e chuvas abaixo da média até novembro, e até a ocorrência de frentes frias pode contribuir para novos episódios como os vistos de 19 a 25 de agosto, com salto nos focos de incêndio em estados como São Paulo e Mato Grosso e cidades cobertas de fumaça.

Publicidade


Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a previsão de temperaturas para setembro em grande parte do país é de registros acima da média, principalmente em áreas de estados como Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso.


A principal medida contra essa combinação de fatores de risco, segundo especialistas, é o reforço na fiscalização.

Publicidade


Dados do índice integrado de secas do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) enviados à reportagem mostram que a maior parte do país está em estágio de atenção para o problema, que combina a falta de chuvas, a umidade do solo e o estresse vegetativo, o impacto nas plantas. O indicador considera os meses de junho, julho e agosto (até o dia 27).


Com o índice decomposto entre o déficit de chuva e a umidade do solo (atenção) e déficit de chuva e estresse vegetativo (alerta), é possível identificar no mapa que quase todas as unidades da federação têm alguma área com alto risco de propagação do fogo.

Publicidade


"Dadas as condições atuais, a previsão é que essa situação continue, porque o índice de vegetação evolui muito devagar. Então se o nível já está baixo neste mês, a probabilidade de que continue assim é muito alta para o mês seguinte, especialmente sem chuva", afirma Marcelo Zeri, pesquisador do Cemaden.


O estresse vegatativo, ele diz, pode ser detectado pela temperatura e pela cor da planta, que são analisadas por satélites da Noaa (Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA). "Se uma planta está muito seca, fica mais quente, o que ajuda a indicar a saúde dela, porque uma planta saudável, num ambiente mais úmido, vai estar mais verde."

Publicidade


Zeri aponta ainda que o norte de São Paulo, um dos atingidos por incêndios nas últimas semanas, já exibe uma condição de seca há vários meses.


Mas a previsão climática não ajuda a reverter esse quadro, já que não deve haver chuva significativa nas próximas semanas. Segundo o meteorologista Marcio Cataldi, professor no departamento de engenharia agrícola e ambiental da Universidade Federal Fluminense, o Brasil, que está chegando ao fim de sua estação seca, só deve ver mais precipitação em outubro.

Publicidade


"Mas o que deve chover em setembro é ainda menos do que a climatologia, então temos um risco muito grande da propagação de incêndio."


Segundo o pesquisador, o vento é um perigo para acelerar esse espalhamento do fogo. E o que pode dar esse empurrão na circulação atmosférica são as frentes frias, geralmente associadas a um alívio após dias de muito calor e à chegada de umidade.

Publicidade


"Se passa um sistema que vai ocasionar vento, um vento intenso, fica quase impossível controlar o fogo rapidamente. Mesmo com muita tecnologia."


Ele defende reforço na fiscalização e melhorias na identificação dos focos. "Tem que ser todo mundo junto. Eu trabalhei durante 13 anos no Operador Nacional do Sistema Elétrico, peguei crise hídrica e, resumindo, você precisa bancar a ida de recursos para a sua área. Ou vira um limbo. E infelizmente acho que isso está acontecendo com o [setor de] meio ambiente."


Uma tecnologia que poderia ajudar na identificação do que a de satélites, diz Cataldi, é a instalação de sensores que detectam o aumento de CO², o gás carbônico, e permitem o acionamento mais rápido de brigadas.


Segundo o pesquisador, o modelo foi aplicado em um projeto em parceria da UFF com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) no Parque Nacional do Itatiaia, entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, e já é usado amplamente em países europeus.


Imagem
Coronel Villa planeja fundo municipal para construir moradias em Londrina; assista ao vídeo
Candidato da Federação PSDB/Cidadania, Nelson Villa vai para sua primeira eleição após mais de 30 anos como policial militar
Imagem
Reflorestamento é forma eficaz de combater mudanças climáticas
Nunca se falou tanto em mudanças climáticas no Brasil como nos últimos meses. O assunto que era debatido em pesquisas e alertas feitos por cientistas, virou tema comum após as recentes enchentes no Rio Grande do Sul e as queimadas no Norte e Sudeste.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo