Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mudanças ambientais

Dia do Meio Ambiente chama atenção para ações de enfrentamento à desertificação

Redação Bonde com Agência Brasil
05 jun 2024 às 11:00

Compartilhar notícia

- Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O ambientalista Nereu Rios dedica sua vida em tempo integral há mais de 40 anos, a coletar sementes por onde passa, gerar mudas e contemplar as árvores que fornecerão mais matéria-prima para que o ciclo recomece. 


Mas nos últimos anos, essa rotina tem mudado desde que o pesquisador de campo percebeu que multiplicar algumas espécies começou a ficar mais difícil.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


“No Mato Grosso do Sul, há uns dez anos tenho coletado amostras de pau-ferro (Libidibia ferrea) que dá a vagem, mas não dá a semente”, diz  Rios.

Leia mais:

Imagem de destaque
Aplicado pelo próprio paciente

Cientistas desenvolvem 1ª caneta de adrenalina brasileira para crises de alergia graves

Imagem de destaque
Confira

Saiba quais são as 20 maiores favelas do Brasil, segundo o Censo 2022

Imagem de destaque
656 municípios

Brasil tem 16,4 milhões vivendo em favelas, diz Censo

Imagem de destaque
R$ 8,35 bilhões devolvidos

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,53 bilhões de valores a receber


Publicidade

Nascido em Dourados (MS) e atualmente vivendo em Campo Grande (MS), Nereu se divide entre as mudas do viveiro em que trabalha e os caminhos que percorre por todo o Cerrado para acompanhar de perto a diversidade fruto de seu trabalho. Junto com a mudança das plantas, ele também percebe a mudança no cenário.


Publicidade

“Passando por Olhos D´Água, próximo de Alexânia (GO), eu estava mostrando para o meu filho uns ipês-roxos (Handroanthus impetiginosus) que a gente coletava há uns oito anos e que agora eles estão morrendo, porque virou monocultura margeando a estrada e quando eles pulverizam o milharal sai matando tudo”, destaca.


O pesquisador do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), André Andrade, explica que para produzir semente, a planta precisa de muita energia, que adquire pela fotossíntese e exige muita água e luz solar, mas com a mudança climática, o ciclo natural sofre um distúrbio. 

Publicidade


“O que acontece com a mudança climática é que quando a gente tem períodos de estiagem muito grande, combinado com um ano de El Niño, como no final de 2023, tem muito sol, mas falta água, então, a planta para a fotossíntese que precisa, senão ela morre rápido, e como isso não consegue produzir a energia para gerar sementes”, explica.


A advertência também foi reforçada pela ONU (Organização das Nações Unidas), que trouxe como tema para este 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, o enfrentamento à desertificação e o desenvolvimento da resiliência à seca, alinhados com a declarada Década da Restauração de Ecossistemas. 

Publicidade


No centro da campanha está a frase: “Não podemos retroceder no tempo, mas podemos restaurar florestas, restabelecer os recursos hídricos e trazer o solo de volta. Nós somos a geração que pode fazer as pazes com a terra”. 


Imagem
Número de homicídios cai 12,6% no 1º quadrimestre no Paraná; Londrina tem redução de 43%
Londrina registrou redução nas ocorrências de homicídios dolosos (43%), em todo o Paraná (12,6%), roubos (25,8%) e furtos (13,7%) de janeiro a abril deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior. O trabalho integrado das forças de segurança


De acordo com oPNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), bilhões de hectares de terra estão degradados em todo o planeta, o que causa desertificação e mais seca. 

Publicidade


A organização alerta ainda que isso já afeta metade da população mundial, especialmente comunidades rurais e pequenos agricultores, o que põe em risco metade do PIB (Produto Interno Bruto) global e pode gerar insegurança alimentar em todo o planeta.


Andrade explica que a restauração de ecossistemas é tão importante porque tem se mostrado a solução mais rápida e efetiva para equilibrar tanto o ciclo da água, quanto o ciclo do carbono e evitar que o planeta aqueça ainda mais e que piorem as consequências, como secas e chuvas extremas.

Publicidade


“A restauração de grandes áreas é uma estratégia que a gente consegue fazer agora, em 20, 30 anos é possível investir pesado nisso, para que no futuro a gente alcance a transição de energia, porque existe um limite para o carbono que as florestas conseguem armazenar, existe um limite que a gente vai conseguir segurar essas mudanças a partir da vegetação nativa”, conclui.


MISSÃO DE VIDA 


Nereu Rios conhece o Cerrado desde jovem, se criou no campo em uma família de moveleiros e nas proximidades do então chamado arco do desmatamento, mas o convívio com a terra o fez admirar mais uma bela árvore florida do que a madeira tombada. 


E nessa “missão de vida”, como ele mesmo diz, aprendeu na prática que as escolhas de cada pessoa afetam o clima, a vegetação e até os insetos, que em um ambiente desequilibrado viram pragas.


“Sei que tem o bicho que come a seiva na vagem do pau-ferro e não deixa a semente se desenvolver, mas não é só ele o problema. O angelim-amargo (Andira anthelmia) faz uns quatro anos que eu não consigo coletar e tinha muito, assim como a guavira (Campomanesia adamantium), ano passado deu pouca. As coisas que produziam todos os anos, agora produzem ano sim, ano não, às vezes ficam dois três anos sem produzir”, explica.


Imagem
Junho Verde: confira a programação da Semana do Meio Ambiente em Londrina
As ações da Semana do Meio Ambiente em Londrina, iniciou na última segunda-feira (3) e vai até no próximo sábado (8). A programação é promovida pela Sema (Secretaria Municipal do Ambiente) e abrange diversas iniciativas como vivências em ecoarteterapia
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo