O STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou nesta quarta-feira (13) a sessão para julgar os primeiros réus acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Estão na pauta de julgamento quatro ações penais que têm como réus Aécio Lúcio Costa Pereira (reside em Diadema-SP), Thiago de Assis Mathar (de São José do Rio Preto-SP), Moacir José dos Santos (de Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná) e Matheus Lima de Carvalho Lázaro (de Apucarana, Centro-Norte do Paraná). Eles são acusados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de participarem efetivamente da depredação do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
Os acusados respondem pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado, associação criminosa armada e dano contra o patrimônio público, com uso de substância inflamável. Somadas, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.
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O julgamento será individualmente. A sessão iniciou com a manifestação do relator das ações penais, ministro Alexandre de Moraes, que fará a leitura do resumo de cada processo. O ministro revisor, Nunes Marques, também poderá falar sobre o resumo do processo.
Em seguida, a PGR vai falar pela acusação, e os advogados dos acusados terão uma hora para apresentar a defesa.
Depois das manifestações, a votação será iniciada. Além de Moraes e Marques, nove ministros devem votar.
Desde o início das investigações, 1,3 mil investigados se tornaram réus na Corte. No mês passado, Alexandre de Moraes autorizou a PGR a propor acordos de não persecução penal para cerca de mil investigados que estavam no acampamento montado em frente ao quartel do Exército, em Brasília, e não participaram da depredação de prédios públicos.
No domingo, 8 de janeiro, apoiadores do ex-presidente, inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de outubro, se dirigiram ao centro da capital federal, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes da República.