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Paraná é um deles

Comando Vermelho e PCC já estão em presídios de 25 estados brasileiros

Folhapress
18 set 2024 às 14:03

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- Pixabay
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As facções PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) conseguiram expandir a presença no sistema prisional, agora atuando em 25 unidades da federação.

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Esses dados constam no Relatório do Mapa de Orcrim (Organizações Criminosas) 2024, elaborado pelo Ministério da Justiça. As informações mostram as facções que atuam dentro do sistema prisional estadual.
O estudo revela que o Comando Vermelho está em 22 unidades da federação –no ano passado eram 21. A facção expandiu sua atuação para Espírito Santo, Pernambuco, Amapá.

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Distrito Federal e Sergipe, que haviam reportado a presença do CV no último levantamento, afirmam que não há mais registros da facção em seus territórios.


O PCC, por sua vez, passou a estar presente em 24 estados, um aumento em relação aos 23 estados observados em 2023. A presença da facção foi constatada também na Bahia e no Amapá enquanto o DF diz não mais registrá-la na região.

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O mapeamento das facções no sistema prisional foi revelado pela Folha em dezembro de 2023, quando foram apontadas 70 organizações criminosas no sistema prisional.


Ao todo, de 2022 a 2024, o Ministério da Justiça conseguiu mapear 88 facções diferentes no sistema prisional. Em 2022, foram identificadas 58 organizações criminosas, número que aumentou para 70 no ano seguinte.

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Neste ano, as unidades da federação apontaram que há 65 facções atuando no sistema prisional. Vale ressaltar que o levantamento se baseia em informações fornecidas pelos estados à Senappen, o que pode explicar as variações nos dados ao longo dos anos.


O CV é classificado pelas autoridades como de mais difícil monitoramento por não ser tão organizado quanto o grupo paulista PCC –nascido na Casa de Custódia de Taubaté (São Paulo), em 1993–, que tem contabilidade de faccionados e até de armas nas unidades.

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Esses grupos surgiram com reivindicações de melhorias nas condições dos presídios. Ao longo do tempo, fortaleceram-se no crime, principalmente no tráfico de drogas. O que veio acompanhado de disputas territoriais, que impactam a vida da população e a segurança pública.


Dentro dos presídios, os grupos buscam o controle integral -e conseguem muita coisa. Em algumas unidades, os faccionados ficam com chaves de celas, escolhem quem têm prioridade no banho de sol ou mesmo aqueles que terão atendimento médico.

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Presos e egressos apontam que o recrutamento de novos integrantes pelas facções é constante. E as próprias condições do sistema colaboram com isso. Com a superlotação dos presídios, não há estrutura de separação de internos, por exemplo.


No país, há um déficit de mais de 162 mil vagas nos presídios estaduais, que reúnem 644 mil presos. Sétimo país em número de habitantes, o Brasil tem a 3ª maior população carcerária do mundo.

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Segundo pesquisa do Datafolha, facções criminosas e grupos milicianos estiveram na vizinhança de 14% da população brasileira nos últimos 12 meses.


Embora a maioria dos entrevistados afirme que não conviveu com o crime organizado no próprio bairro nesse período, os números dão uma ideia do tamanho do contingente populacional que está sujeito ao controle de grupos criminosos. Ele corresponde a mais de 23 milhões de pessoas em todo o país.


Pretos e pardos são mais afetados pela presença ostensiva do crime organizado, em comparação com a população branca. Além disso, pessoas mais jovens relatam a presença de facções e milícias no lugar onde moram com mais frequência do que os entrevistados mais velhos.


Estados com a presença do PCC


Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná ,Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Tocantins.


Fonte: Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais)


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