Brasil

Cinco pessoas vão responder por morte na Unicamp

03 out 2013 às 19:19

A Delegacia de Homicídios de Campinas concluiu nesta quinta-feira (3), que cinco pessoas foram culpadas pela morte do estudante do segundo ano de Mecatrônica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Denis Papa Casagrande, de 21 anos. Ele levou uma facada e foi espancado durante uma festa clandestina dentro do campus da universidade, na madrugada do dia 21 de setembro.

Além do casal Maria Tereza Pelegrino, de 20 anos, e Anderson Marcelino Mamede, de 20 anos, - que já estavam temporariamente presos desde o dia 27 -, André Motta, de 22 anos, e outros dois menores, de 15 e 16 anos, vão responder pelo crime. Todos fazem parte de um grupo de punks e não estudam na universidade.


O delegado Rui Pegolo concluiu que eles cometeram homicídio doloso duplamente qualificado - com motivo fútil e impedindo a vítima de defesa. O inquérito que será entregue à Justiça aponta que o estudante levou uma facada no coração dada por Maria Teresa e depois foi espancado por cerca de 15 punks. Mamede, Motta e os dois menores foram identificados por testemunhas.


Crime


Por volta das 3h30 do sábado, quando cerca de 3 mil pessoas participavam de uma festa clandestina na Unicamp, Casagrande teria sido confundido por Maria Teresa com uma pessoa que a assediou a caminho de uma área que era usada como banheiro. No local, ela teria iniciado a briga com o estudante, que levou uma facada no peito, tentou fugir, mas começou a ser agredido pelos demais membros do grupo.


Mamede chegou a provocar um ferimento com a faca em sua perna, para fingir que também foi vítima, durante a confusão, no dia do crime, mas depois confessou a estratégia à polícia.


Maria Teresa, que confessou o crime dias depois, alegou legítima defesa e argumentou que foi agredida pelo estudante. O inquérito concluiu que a tese não se sustenta. "Não foi legítima defesa", afirmou o delegado. A pena para o crime pode ser de 12 a 20 anos de prisão. Para os menores, a internação pode ser de até 3 anos.

O advogado Rafael Pompermayer, que já pediu a liberdade de Maria Teresa, disse que ela agiu em legítima defesa, porque a vítima teria tentado agarrá-la à força. Ele também negou que sua cliente tivesse confundido Casagrande com outra pessoa. Os demais ainda não constituíram advogado.


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