Estudo inédito
O Rio de Janeiro registrou, às 9h15 desta terça-feira (14), 58,5 graus Celsius (°C), a maior sensação térmica desde 2014. A medição é da estação do serviço municipal de meteorologia Alerta Rio em Guaratiba, na zona oeste da cidade. Naquele momento, os termômetros marcavam 35,5°C.
Desde a chegada da onda de calor que afeta diversos estados brasileiros, o Rio de Janeiro já tinha registrado o dia mais quente do ano no domingo (12), com temperatura de 42,5°C, e a sensação térmica de 52 graus na manhã de segunda (13).
O recorde de calor desta manhã é o maior desde que o Alerta Rio começou a fazer as medições de temperatura. O órgão informa que as duas outras maiores sensações térmicas deste ano foram 58,3°C, em 17 de fevereiro, e 58°C, em 4 de fevereiro.
O intenso calor registrado principalmente no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil deve prosseguir ao longo de toda a semana, e a ausência de nuvens no céu torna ainda mais perigosa a exposição à radiação solar e a sensação de calor.
A onda de calor veio em uma época do ano em que, normalmente, a estação chuvosa já está estabelecida e em que as nuvens funcionam como uma espécie de controle das temperaturas. A ausência dessa defesa, de acordo com a meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) Anete Fernandes, potencializa os efeitos do fenômeno climático.
“Quando a gente tem ausência de chuva nesta época do ano, que chamamos de veranico, a ausência de nuvens favorece uma grande incidência de radiação na superfície, que é o que está acontecendo agora. Então, as temperaturas se elevam muito”, explicou.