As mortes confirmadas por dengue no Brasil atingiram a marca de 5.250 e outras 1.996 estão em investigação, segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde desta segunda-feira (2).
O número já é quase cinco vezes maior que todos os óbitos notificados em 2023, quando o país atingiu a marca de 1.179 mortes.
Para os casos prováveis da dengue, o Brasil registra o número de 6.508.271 e o coeficiente de incidência da doença é de 3.205,1 casos para cada 100 mil habitantes.
A maior parte dos óbitos de dengue está em São Paulo (1.636), seguido por Minas Gerais (960) e Paraná (656). Na contramão, estados como Roraima e Acre são os únicos que não registraram nenhuma morte pela arbovirose este ano.
No fim de agosto, o Ministério da Saúde criou um plano de combate à dengue com a ampliação dos métodos de controle do aedes aegypti, mosquito vetor da doença, como a liberação de mosquitos estéreis e o uso da bactéria Wolbachia -que impede o desenvolvimento do vírus da dengue.
Além disso, a pasta informou que irá criar polos de hidratação para a população e estender o horário de funcionamento das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) para diminuição das filas de espera por atendimento.
VACINAÇÃO CONTRA DENGUE
Ofertado no SUS (Sistema Único de Saúde) desde o ano passado, o imunizante Qdenga, da farmacêutica Takeda, está disponível para crianças de 10 a 14 anos em todo o Brasil.
A vacina é produzida a partir do vírus atenuado e pode melhorar a resposta do sistema imunológico contra infecções de dengue, evitando que a doença evolua para formas mais graves.
Dentre os principais sintomas da doença, que pode deixar sequelas, estão febre, dores no corpo e nas articulações e de cabeça, além de náuseas e manchas no corpo.