Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Saiba mais

Amazônia: Bioma tem 30 a 40 mil espécies só de plantas, diz estudo

Redação Bonde com Agência Brasil
08 jul 2022 às 12:51

Compartilhar notícia

- Pexels
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Açaí, tucumã e buriti são os insumos da Amazônia que mais apareceram em estudos científicos publicados de 2017 a 2021 por instituições de pesquisa brasileiras sobre matérias-primas da região. Houve um mapeamento na publicação Bioeconomia amazônica: uma navegação pelas fronteiras científicas e potenciais de inovação, divulgada nesta sexta-feira (8).


A pesquisa foi coordenada pela WTT (World-Transforming Technologies), com a participação da Agência Bori, e mapeou 1.070 artigos científicos publicados nos últimos cinco anos na base internacional de periódicos Web of Science. As áreas mais pesquisadas são ciência das plantas, ciências ambientais, ciência e tecnologia de alimentos, ecologia, bioquímica e biologia molecular.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


“A gente precisa dar visibilidade à ciência feita na Amazônia e sobre a Amazônia. Há muita pesquisa sobre os ativos da biodiversidade que têm o potencial de resolver problemas importantes da sociedade, como tratamento de câncer, tratamento para prevenção de infecção com mercúrio, biomateriais, bioplástico. Há muita coisa interessante sendo pesquisada que pode, de fato, virar tecnologia, solução para problemas da sociedade”, afirma o idealizador da pesquisa e gerente de operações da WTT, Andre Wongtschowski.

Leia mais:

Imagem de destaque
'A gente sabia que não era boa ideia'

Todos que participaram da delação correm risco, diz ex-advogado de empresário morto

Imagem de destaque
Mascotes

Caixa relança campanha histórica dos "Poupançudos" para reforçar crédito imobiliário

Imagem de destaque
Entenda

Por erro em divisa, Paraná pode perder território para Santa Catarina

Imagem de destaque
Texto oficial

Meta climática do Brasil cita pela 1ª vez redução no uso de combustíveis fósseis


O bioma amazônico é continental, ocupa quase metade do território do Brasil, é compartilhado por países vizinhos como Colômbia e Peru e se destaca como território de megabiodiversidade. Segundo a publicação, o número total de espécies de animais e plantas não é conhecido, no entanto, estima-se que haja pelo menos de 30 a 40 mil espécies apenas de plantas.

Publicidade


Insumos mais citados


A partir do mapeamento dos 1.070 artigos científicos, foram analisados 621 estudos, que seguem critérios de geração de novos conhecimentos e possíveis inovações a partir da sociobiodiversidade amazônica. São 11 insumos que aparecem em quase uma a cada três pesquisas: açaí, tucumã, buriti, piper, aniba, castanha do Brasil, andiroba, cupuaçu, lippia, guaraná e bacaba.

Publicidade


São variadas as utilizações. Os insumos são usados, por exemplo, para supressão tumoral de células de câncer de ovário, agente sensibilizador para terapia fotodinâmica de câncer e como agente em combate a doenças infecciosas. Trabalham ainda com a validação científica da utilização de insumos tradicionalmente empregados na medicina popular no tratamento de anemia, diarreia, malária, dores, inflamações, hepatite e doenças renais, dadas as atividades anti-inflamatória e antidiarreica, entre outras.


A aplicação pode ser feita em diversas atividades industriais, como produtos artesanais, fabricação de tecidos, fios e redes de pesca, materiais cimentícios para construções sustentáveis, filmes biodegradáveis.

Publicidade


“Temos que dar visibilidade a essas pesquisas promissoras, para que elas saiam das prateleiras, saiam do papel e, de fato, se transformem em soluções para problemas importantes”, frisa Wongtschowski.


Política nacional de inovação

Publicidade


De acordo com o pesquisador, é preciso uma política nacional de inovação que estabeleça grandes objetivos a partir dos desafios do Brasil, que precisam ser resolvidos com a ciência. Nas soluções, é preciso engajar a comunidade científica, empresas, governos, organizações não governamentais e a sociedade em geral.  


“É importante que esses desafios conversem com os desafios da sociedade, essas soluções precisam justamente olhar para os desafios que a gente tem como sociedade, sejam eles sociais ou ambientais”, afirma Wongtschowski. “É preciso ter realmente a colaboração entre esses vários setores para que as soluções desenvolvidas fiquem de pé, para que configurem uma cadeia de valor de ponta a ponta, que entregue benefícios à população, que fomente a manutenção da floresta em pé, ou seja, que dê valor para os produtos da biodiversidade”, pontua.

Publicidade


A publicação traz, em destaque, o resumo de sete estudos, selecionados a partir de critérios como potencial inovativo e relevância científica, social e econômica, além de cinco artigos analíticos inéditos escritos por pesquisadores, gestores e empreendedores de renome na área.


Ciência na Amazônia

Publicidade


A publicação destaca as especificidades e a complexidade da Amazônia devem ser levadas em conta quando se trata de inovação. Uma vez que bases da bioeconomia no Amazonas encontram-se diretamente ligadas aos recursos nativos da fauna, flora e microrganismos do bioma amazônico, é necessário, acima de tudo, conservar a floresta e levar em consideração as populações locais.


Os autores propõem quatro princípios: conservação da biodiversidade; ciência e tecnologia voltadas ao uso sustentável da sociobiodiversidade; diminuição das desigualdades sociais e territoriais e expansão das áreas florestadas biodiversas e sustentáveis.


“Cada processo inovador necessita considerar as questões culturais, as salvaguardas socioambientais, os diversos territórios e o impacto a ser gerado para que essas tecnologias possam ser transformadoras do mundo, em um processo que fortaleça as populações locais e mantenha a floresta em pé”, comenta a professora da Unfam (Universidade Federal do Amazonas) Tatiana Schor, em um dos artigos da publicação.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo