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Violência

Adolescente mata professora a facadas e deixa outros cinco feridos em escola de São Paulo

Isabela Palhares, Isabella Menon e Francisco Lima Neto
27 mar 2023 às 11:26

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- Reprodução/Redes Sociais
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Um adolescente esfaqueou quatro professores e dois alunos em uma escola estadual na cidade de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (27), segundo a Polícia Militar.


Uma professora morreu. De acordo com o governo do estado, a vítima é a professora de ciência Elizabeth Terrero, 71.

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O ataque aconteceu na escola estadual Thomazia Montoro, na rua Adolfo Melo Júnior, na Vila Sônia, zona oeste da capital. O suspeito tem 13 anos e é aluno do 8º ano do ensino fundamental. Ele foi apreendido pela polícia. Alunos e pais estão na frente da escola, muitos chorando.

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Em entrevista aos jornalistas, o secretário de Educação, Renato Feder, e o secretário de Segurança Pública, capitão Guilherme Derrite, disseram que as outras três professoras feridas encontram-se em estado estável. 

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Um dos alunos também está estável, e o outro em estado de choque.

Derrite contou que uma das professoras realizou um ato heroico.

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"Ela mobilizou o agressor, fez com que a arma branca fosse retirada dele. Se não fosse essa ação, a tragédia teria sido maior", disse o secretário, que lamentou o episódio. 


"Nosso foco é dar assistências às vítimas e famílias que passaram por isso. Uma linha de investigação vai ser realizada para entendermos quais os motivos que levaram esse aluno a fazer esse atentado", acrescentou Derrite.

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Feder também falou sobre a professora que ajudou a conter o agressor.

"Conseguimos uma heroína hoje, a professora Cíntia. Não tivemos nenhuma criança com ferimentos graves. Toda a escola está muito triste, difícil saber o que aconteceu e as motivações", disse.

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Ainda segundo Feder, a escola era atendida por uma ronda escolar, que agiu rapidamente e apreendeu o aluno. O agressor foi transferido para a escola no dia 15 de março.


"Nesse período de permanência, a diretora não recebeu nenhum aviso e nem [teve] ciência de nada que chamasse atenção. A escola foi pega desprevenida. A polícia vem fazendo bom trabalho próxima a escola", disse Feder.

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O secretário disse que as aulas estão suspensas nesta terça. O governo vai decretar três dias de luto no estado pela morte da professora Elizabeth Terrero.

"Vamos conversar com os professores para ver, talvez, alguma reabertura gradual", disse.

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Um aluno da escola disse à reportagem que testemunhou na semana passada uma briga entre o suspeito e outro estudante, que tiveram que ser separados por um professor. Ele disse também que saiu correndo da escola quando viu o ataque e acabou torcendo o pé.

Segundo relato desse aluno, o adolescente agressor chegou normalmente para a aula nesta segunda, colocou uma máscara com estampa de caveira e esfaqueou uma professora pelas costas. A mãe dele disse que episódios de violência são comuns na escola.

O Corpo de Bombeiros está no local prestando atendimento às vítimas. O helicóptero Águia da PM está de prontidão no local caso seja necessário. Ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também atendem a ocorrência.

As vítimas foram socorridas e levadas para hospitais da região.

Ainda de acordo com a PM, as informações sobre a ocorrência ainda estão sendo apuradas.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lamentou o episódio em suas redes sociais.

"Não tenho palavras para expressar a minha tristeza com a notícia do ataque a alunos e professores da escola estadual Thomazia Montoro. O adolescente de 13 anos já foi apreendido, e nossos esforços estão concentrados em socorrer os feridos e acolher os familiares", escreveu.

OUTROS CASOS

Outros casos de violência dentro do ambiente escolar marcaram o país nos últimos anos.

Em 13 de março de 2019, dois ex-alunos invadiram a escola Raul Brasil, em Suzano, e dispararam em direção a um grupo de alunos e da coordenadora pedagógica Marilena Ferreira Umezu, uma das vítimas.

Policiais chegaram à escola quando os dois atiradores ainda faziam os disparos na direção dos estudantes, que deixavam o prédio desesperados.

Em setembro de 2019, um estudante de 14 anos esfaqueou um professor nas dependências do CEU (Centro Educacional Unificado) Aricanduva, na zona leste. O ataque causou pânico e correria entre alunos e professores.

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