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Respira Mamãe

A experiência de uma mãe com filho autista

03 set 2020 às 11:43
- pixabay
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Olá, pessoal!


Hoje venho trazer um assunto muito importante que, muitas vezes, nós pais e mães não sabemos por onde começar. Vamos falar sobre o Transtorno do Espectro Autista. Apesar de ter passado o mês de conscientização do autismo, acredito que de alguma maneira posso ajudar você aí do outro lado ou alguém que você conheça. Por isso, trago relato de uma mãe sobre sua experiência e um pouquinho de sua rotina com seu filho.

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Confira o relato:

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Fui convidada pelo blog "Respira Mamãe” para falar um pouco sobre a minha experiência com meu filho autista de 3 anos e como alimentação sem glúten e sem caseína (proteína do leite animal) influencia no dia a dia dele e na melhora na qualidade de vida. Meu nome é Priscila Suplano Fantin, sou dentista, mas atualmente tenho me dedicado exclusivamente aos meus filhos, principalmente no desenvolvimento do mais novo com terapias diárias, hoje, por meio do método Denver.

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Imagem cedida da Priscila Suplano
Imagem cedida da  Priscila Suplano


Se o acompanhamento terapêutico para modelagem do comportamento é um consenso na ciência e fundamental no desenvolvimento da criança atípica, a dieta sem glúten e sem caseína, divide opiniões. Mas, após pesquisar sobre a relação da alimentação com o comportamento e que o intestino funciona como uma espécie de "segundo cérebro”, iniciamos uma dieta diferenciada no dia a dia para alimentação do meu filho.


De acordo com Goreti Cristina, autora de "144 Receitas Sem Glúten e Sem Leite para Autistas”, o glúten e o leite tem duas coisas que as bactérias do intestino, fungos e parasitas adoram: açúcar e carboidratos. Isso faz com que fungos e bactérias do mal se proliferem muito mais dentro do intestino, o que é péssimo, pois o intestino que não funciona direito faz com que o cérebro também não funcione.

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Segundo estudos, crianças com autismo têm deficiência de enzimas digestivas, provocando dificuldades na digestão, diarreias e constipação, o que afeta diretamente o comportamento, a qualidade de vida e até o aprendizado. No caso do meu filho, que não possui seletividade alimentar, a dieta ajudou muito, principalmente no funcionamento do intestino e também no comportamento. É importante ressaltar que procurei o acompanhamento de uma nutricionista antes de iniciar a mudança alimentar que foi bem aceita por ele.


Nesse momento, também fui atrás de várias receitas e conheci alguns livros especiais, que mostram a relação da alimentação e do autismo e contam casos de crianças onde a nutrição foi um importante apoio no desenvolvimento, sempre com acompanhamento de um neurologista, psicólogos e terapeutas. Uma rede multidisciplinar. Assim nasceu o meu perfil no Instagram , que tem o objetivo de compartilhar experiências e receitas com as mamães. Os principais desafios são selecionar e encontrar os produtos corretos (com os melhores preços), além de preparar os alimentos diferenciados na hora de sair de casa, como por exemplo, lancheiras para a escola. Não é fácil, mas vale a pena quando você a melhora de seu filho.

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Muitas vezes, sou questionada sobre a polêmica científica em torno do assunto. A minha resposta é sempre a mesma. Tenho visto dia a dia uma melhora no meu filho e cada autista é diferente. Por isso, é importante contar com o apoio profissional. Algumas alternativas são interessantes e podem ser benéficas, como a melhora do sono com o uso de óleos essenciais topicamente e de maneira aromática. Mas, mesmo que você procure opções para melhorar a qualidade de vida do seu filho, nunca deixe as terapias e o acompanhamento de um médico e sempre duvide de tudo que não tenha fundamentação científica, principalmente de fórmulas mágicas vendidas por estelionatários.


QUARENTENA

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Assim como outras crianças dentro do TEA (Transtorno do Espectro Autista), o período de quarentena sem aulas influenciou no comportamento do meu filho, que passou a demonstrar algumas atitudes mais agressivas. Na minha avaliação, isso mostra a importância do contato com outras crianças e a socialização em uma escola inclusiva, que esteja preparada para receber uma criança dentro do espectro. Até hoje encontrei apenas uma.


Neste aspecto, a terapia comportamental tem sido fundamental para as voltas às aulas em 2021 (no caso dele) tanto com as atividades que estimulam a imitação de brincadeiras (aprendizado), tanto na modelagem do comportamento para convívio com outras crianças.
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Bom pessoal, essa foi a experiência da Priscila. Compartilhe para que mais pessoas possam ser beneficiadas com esse conhecimento. Na próxima semana, teremos um relato de outra mãe que se reinventou com a nova realidade.

Marjorie Ostrowski meu Instagram
Beijos e até a próxima postagem!


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