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Poema para o Dia do Pai, do poeta Daniel Mauricio

08 ago 2021 às 09:07

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Como velas que ardem
Na escuridão das horas,
Os olhos dos pais
Velam os son(h)os dos filhos.
Espantam os pesadelos com as mãos 
E curam as feridas com palavras adocicadas.
Os anos passam...
As lembranças vão ficando pelo caminho,
Como o perfume dos campos de camomila.
Mas o velho hábito vigilante não cessa.
E somente depois de ouvir o estalar da chave na porta
É que os olhos adormecem
Numa confiante prece
Que nunca se finda.
Ah, como os filhos crescem!
E de repente a casa vazia vai ficando maior.
Sóis e luas lhes dão cor,
Mas o verdadeiro amor,
Só dos pais emana.
Pois estes,
Mesmo com as asas endurecidas 
Pelas chuvas e pelos ventos da vida,
Mantém, aos filhos, o velho ninho
Sempre ao dispor.

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