Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Poema MAGNUM OPUS de Isabel Furini

27 jun 2016 às 12:27
- Fotografia de Isabel Furini.
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

o poeta faz acrobacias nos trapézios de arqueológicos alfabetos
coloca emoções ideias palavras afetos conceitos
no alambique do coração
constrói um atanor de versos na cabeça
reinventa rimas
estuda fórmulas antigas da alquimia
mergulha na subjetividade para escrever e para sobreviver


todos os poetas
(admirados – portentosos – ignorados ou desprezados)
todos os poetas fazem parte de uma espécie de seres muito estranhos
poetas sãos seres mutilados
pois para realizar a Magna Obra
não é suficiente poetizar oceanos
nem perseguir os voos dos urubus
nem misturar o sal o mercúrio e o enxofre
nem dançar entre as plantas de bambu
é necessário devastar o próprio coração desamparado
com o poder do veneno da cobra real
reerguer-se das sombras do mundo astral
e nutrir-se do coração do nada

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


o poeta precisa socavar o próprio coração
(mantendo o oceano do amor inalterado)
para realizar a Obra Magna

Leia mais:

Imagem de destaque

Comentário sobre o livro Dançando entre as estrelas

Imagem de destaque

Dois caipiras em Colombo - Um roteiro que enaltece a cidade

Imagem de destaque

Entrevista com a artista e poeta Vanice Zimerman

Imagem de destaque

Os mortos - miniconto de Araceli Otamendi


Isabel Furini

Contato com a autora: [email protected]


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade