alvissareiras
quem dera ainda
rosas que vicejem nos jardins
prímulas inocentes nas janelas
a enfeitar os dias, os sorrisos
quem sabe o aviso alvissareiro
de um novo sol
quem dera
não mais o infortúnio
girassóis confusos
a tatear a mínima fresta
de luz, de vida.
quem dera
não mais essa neblina impune
anuviando dias
e corações
quem dera
violetas, gérberas
e branquíssimas angélicas
anunciando paz
Lia Sena