Poema de Araceli Otamendi, poeta e escritora argentina.
Miragens do Banquete
Na busca de alguma verdade, talvez alguma bebida para o banquete
subo e desço escadas, entro em labirintos, lugares conhecidos e outros, não tão familiares.
aos poucos o quebra-cabeça vai sendo montado
a rainha nada mais é do que uma figura mítica guardada nas folhas de alguma lenda
o véu rasgado
encontro pequenos animais soltos prestes a cair em armadilhas
ao chegar ao local desejado, ou antes, um animal feroz arde, ainda respirando
o inexplicável, o indecifrável permanecerá ali como uma miragem
talvez fosse só isso
Para ele, no silêncio dos labirintos que guardam a sua luz.
© Araceli Otamendi
Cidade de Buenos Aires, outubro de 2025