Laura Monte Serrat é pedagoga, psicopedagoga, mestre em educação, artista plástica e poeta.
Em sua opinião, o que é cultura de paz?
É um jeito de viver que vai construindo relações mais compreensivas, mediadas pela gentileza, pela rigorosidade ética e pela alteridade.
Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?
Pelas ações, pela linguagem, pelo cuidado do outro e pela mídia responsável pela divulgação dos conhecimentos, da cultura e da arte a favor da diversidade presente no mundo e pela igualdade humana.
Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade brasileira/humanidade?
Penso que a cultura de paz ainda é pouco explorada pela humanidade, acabamos ficando num momento de dissociação, alimentamos a guerra, a discordância, a incompatibilidade de lados, a discriminação e enfatizamos demais a violência. Sairíamos ganhando se pelo menos tivéssemos uma cultura de não violência, mas, infelizmente, não é isso que vemos no mundo, pelos olhos das mídias globalizadas.
A cultura, a educação liberta ou aprisiona os indivíduos?
A cultura e a educação são construídas pelos indivíduos e por isso não deveriam aprisionar, mas em um mundo desigual, muitas vezes servem de ferramentas de poder.
Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.
O espaço digital possibilita que todos falem com todos, sem a manipulação de empresas intermediárias. No entanto é preciso construir a ética deste espaço.
Qual mensagem você deixa para a humanidade?
Somos seres eminentemente sociais e por isso nos fazemos a partir do outro e contribuímos com o outro para a sua formação, por isso ser solidário não é fazer para o outro, mas, também fazer por nós. Fazemos parte de um todo chamado natureza, não reinamos, somos partícula com o mesmo valor dos outros seres vivos que aqui habitam e de todos os elementos que constituem o nosso cenário.
Entrevista realizada por Dhiogo Caetano