Falando de Literatura

Daniel Mauricio entrevistado por Dhiogo J. Caetano

31 jul 2020 às 11:02

Daniel Mauricio é o 88º convidado na série de entrevistas "Opinando e Transformando”

> Breve currículo de Daniel Mauricio: Nascido em Jaguariaíva (PR), é associado do Centro de Letras do Paraná - CLP; da Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia - AVIPAF; da Academia Brasileira de Letras e Artes Virtuais; da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil. Graduado em Letras - UFPR; administração de empresas - FESP; Direito – FARESC. Pós-graduado em Gestão Administrativa e Tributária - PUC/PR; pós-graduado em Gestão de Pessoas e Qualidade no Setor Público - SPEI; pós-graduado em Gestão Pública de Tecnologia da Informação - PUC/PR; pós-graduado em Gestão Pública - FAEL. É auditor de Tributos Municipais da Secretaria Municipal de Finanças da Prefeitura Municipal de Curitiba. Autor dos livros "Mosaico de Sentimentos” e "Cacos e Retalhos”. Participou também de coletâneas como: "Poesias Escolhidas - Vozes de uma Alma”, "Poesias Escolhidas - O Melhor de Mim”, "Eles São de Vênus: Homens Sem Frescuras” (Editora Poesias Escolhidas), "Parnaso Poético”, "Parnaso Poético II” e "Parnaso Poético III” (organizados por Osmarosman Aedo e Silvana Mello), "Movimento Nacional Elos Literários - Volume 2”. Está mas antologias: "Cumplicidade de Movimentos, Memórias e Passagens” (Editora Scortecci), "Conexão III”, "Conexão IV” e "Conexão V” (organizadas por Amaury Nogueira), "Espaço Cultural Coreto” (Nogueditora), "Minilivro Texturas Poéticas” (organizado por Isabel Furini e Carlos Zemek), "Antologia/APLA - Academia Ponta-Grossense de Letras e Artes - Ramalhetes Princesinos nº 10” (organizada por Dione Navarro). Ganhador do concurso Poemas Curtos (2014), Prêmio Marilda Confortin (2015), Prêmio Alice Ruiz (2016), promovidos pela Prefeitura Municipal de Curitiba. Agraciado com o título de Cidadão Benemérito de Jaguariaíva (PR).


Confira a entrevista com Daniel Mauricio


> Em sua opinião, o que é cultura de paz?


Cultura de paz são atitudes individuais e coletivas que devem ser incentivadas, cultivadas e implementadas no nosso dia a dia, visando sempre o bem-estar e desenvolvimento sustentável da humanidade. É um engajamento coletivo e universal, independentemente da raça, idade, religiosidade ou estrato social, a fim de se atingir a paz mundial, que começa dentro da casa de cada um.


> Para que serve a cultura de paz?


Muito mais do que para evitar conflitos e guerras, a cultura de paz serve para estimular a autoestima, o respeito ao próximo e às diversidades culturais, religiosas, políticas, bem como aos princípios que norteiam a liberdade, igualdade, solidariedade, fraternidade, tolerância, justiça social, democracia e especialmente aos direitos humanos.


> Como promover a cultura de paz?


É sabido que apenas com os tratados e acordos políticos, econômicos ou militares não se pode garantir uma paz duradoura. É preciso um aprendizado contínuo, de forma que cada um compreenda e faça a sua parte neste processo complexo, respeitando aos princípios éticos, morais. Portanto, a cultura de paz deve se desenvolver de dentro para fora, do individual para o coletivo e não através de imposições que poderão gerar ainda mais conflitos.


> Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?


Podemos difundir a paz na medida em que a exercitamos para nós mesmos, em nosso dia a dia através de uma vivência prática. A paz não se constrói apenas por palavras. Ou seja, a paz desacompanhada de ações é apenas um sonho. Portanto, deve-se promover a paz entre a família, nas escolas, nas redes sociais, no trabalho, de forma que todos possam compreender que não existirá paz enquanto prevalecer a desigualdade e a injustiça.


> Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade brasileira/humanidade?


Pode-se dizer que a sociedade brasileira é bastante pacata. Diferentemente de muitos países que foram fundados às custas de sangrentas guerras, o Brasil desde o seu "descobrimento” até a sua "independência”, se deu de forma pacífica. É claro que houve um conflito aqui, outro acolá, mas nada comparado com outros países. Um país continental, com grande miscigenação, que abriga uma diversidade enorme de costumes, crenças e culturas, de forma que serve de exemplo para o mundo. Sabemos que ainda há preconceitos e desigualdades sociais que devem ser combatidos, assim como no resto do mundo. Por isso mesmo, a cultura de paz deve ser buscada e estimulada desde o início da aprendizagem escolar.


> A cultura e a educação libertam ou aprisionam os indivíduos?


Não tenho dúvidas de que a cultura e a educação libertam o indivíduo. É conhecendo as diversidades que aprendemos a valorizar e a respeitar. A cultura e a educação trazem luz, transformam mentes, agregam valores, fazem com que compreendamos que somos iguais enquanto seres humanos.


> Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.


O espaço digital é uma realidade. O mundo se transformou numa pequena aldeia, onde a ação de um indivíduo pode afetar para o bem ou para o mal a vida do planeta todo. Desta forma, não há dúvidas de que o espaço digital pode ser um aliado fundamental para a promoção da cultura de paz. A troca de experiências, as notícias que demoravam a chegar e a alcançar todos os países, hoje se dá em questões de segundos e minutos. Portanto, o obscurantismo, a ignorância estão com os dias contados. É hora de despertar para uma nova realidade virtual que tem o poder de alterar os comportamentos de uma hora para outra.


> Qual mensagem você deixa para a humanidade?


Que devemos valorizar a vida. Que como "toda a ação desencadeia uma reação”, devemos cultivar a paz, respeitar o nosso próximo, pois só assim também seremos valorizados e respeitados.

Entrevista realizada por Dhiogo J. Caetano


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