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A VIÚVA ALEGRE

08 jul 2019 às 20:23

O diretor alemão Ernst Lubitsch definiu as regras da comédia sofisticada, seja ela romântica ou não, em Hollywood, para onde se mudou em 1923, depois de quase dez anos de carreira em seu país natal. Quando ele realizou este A Viúva Alegre, em 1934, já era um nome estabelecido e respeitado nos Estados Unidos. O roteiro de Ernest Vajda e Samson Raphaelson tem por base o livreto musical de Viktor Léon e Leo Stein, que por sua vez se inspira na peça francesa L’attaché d’Ambassade, de Henri Meilhac. Trata-se de uma comédia musical de encontros e desencontros. Sonia (Jeanette MacDonald), a viúva do título, é a pessoa mais rica da Marshovia. O galante Danilo (Maurice Chevalier) está interessado nela e é até correspondido. No entanto, a fama dele faz com que ela resista aos seus avanços. Sonia decide viajar para Paris e abandonar a viuvez na capital francesa. Danilo vai atrás, a pedido do rei, com a missão de conquistar aquela rica mulher. Sem saber que se trata de Sonia. Nem preciso dizer que as coisas tomam rumos inesperados e engraçados. Lubitsch era um mestre nesse tipo de história. E A Viúva Alegre só reforça seu talento. Quanto ao casal principal, apesar de este ser o quarto filme que fizeram juntos, não se davam bem fora de cena e não voltaram a trabalhar lado a lado outra vez. Mas isso não tirou, em momento algum, a beleza desta obra, premiada com o Oscar de melhor direção de arte, nem a graça do elenco de apoio e muito menos o charme dos bailes parisienses. Em tempo: esta foi a segunda versão feita. Há uma anterior, de 1925, além de outras quatro, produzidas em 1952, 1968, 1988 e 2007.

A VIÚVA ALEGRE (The Merry Widow – EUA 1934). Direção: Ernst Lubitsch. Elenco: Maurice Chevalier, Jeanette MacDonald, Edward Everett Horton, Una Markel, George Barbier, Minna Gombell e Ruth Channing. Duração: 99 minutos. Distribuição: Warner.


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