O Londrina é o legítimo campeão paranaense de 2021. O quinto título estadual da história alviceleste veio de uma forma quase que sem querer, mas que no final valeu o peso e a tradição da camisa azul e branca.
Talvez em condições normais, sem as interrupções e adiamentos em razão da pandemia, o LEC não tivesse chegado nem mesmo a decisão. A falta de planejamento e organização da Federação Paranaense acabaram sendo favoráveis ao LEC, que soube transformar as suas fragilidades em combustível rumo a conquista.
O Estadual nunca foi a prioridade do clube no ano. A campanha na primeira fase foi ruim - só conseguiu a primeira vitória na oitava rodada -, as trocas de treinadores - foram três ao longo da trajetória - e a necessidade de focar os esforços na série B, deixaram sempre o torcedor com um pé atrás quanto até onde o time poderia ir.
A partir dos mata-matas, o time cresceu e soube jogar as decisões. Mesmo com um elenco reduzido e dando ao luxo de poupar os principais jogadores e nem levar o treinador nos confrontos contra o Operário, na semifinal, e na decisão, no estádio Olímpico.
Mesmo não tendo um time superior ao Cianorte, Operário e FC Cascavel, o Tubarão levou ao pé da letra o ditado de que "final não se joga, se vence". E ganhou com todos os méritos. A força da tradição e da camisa alviceleste fizeram a diferença, assim como o desempenho de jogadores pouco aproveitados no ano e que viram a chance de brilharem em um Paranaense, que sempre ficou em segundo plano nos corredores da SM Sports.
Nomes como Victor Daniel, Danilo, Augusto, Bidía foram fundamentais e decisivos para que o LEC pudesse colorir novamente o Paraná de azul e branco.
Nunca houve dúvida disso, mas a conquista confirma o Londrina como o maior clube do interior do Estado e consolida o Tubarão como a terceira força do nosso futebol.
E que o título que nem estava nos planos do clube possa ser a força extra que o LEC precisa para se manter na série B. Se isso acontecer, o torcedor alviceleste poderá comemorar dois títulos ao final da temporada.