Blog do Lucio Flávio

Um ano atípico no gol do Londrina

03 out 2019 às 15:25

Se você pedir para qualquer torcedor do Londrina apontar um ídolo do clube nos últimos dez anos, certamente alguns vão indicar o nome de goleiros que passaram por aqui na administração da SM Sports. Celeiro de grandes goleiros ao longo da sua história, o LEC vive um ano atípico debaixo das traves.

A trajetória vitoriosa do clube de 2011 para cá se deve muito ao talento de nomes como Danilo, campeão da Divisão de Acesso, Vitor, campeão paranaense e destaque nos acessos para as séries C e B, além de Marcelo Rangel e César, nome no título da Primeira Liga. Todos eles preparados pelo excelente Edson Sabiá.


A regularidade destes goleiros não foi vista em 2019 e o clube não conseguiu encontrar um titular absoluto ao longo da temporada. O Londrina já teve quatro goleiros diferentes no ano e, pasmem, na reta final da série B, o clube ainda não encontrou o dono da camisa 1.


Quem mais jogou no ano foi Matheus Albino, que chegou como terceira opção e ganhou uma vaga como titular no fim do Paranaense, após Alan e Emerson serem testados e não agradado. Albino não é um goleiro espetacular, mas sempre foi regular. Inexplicavelmente foi sacado do time com a chegada de Claudio Tencati.


Voltou a ser titular na última partida sob o comando do ex-treinador, mas falhou no gol que rendeu a vitória ao Vila Nova. Apesar de ter sido isentado pelo ex-goleiro, campeão paranaense em 1992, André Dias, do gol sofrido contra os goianos, sequer foi relacionado para os jogos diante de Cuiabá e Ponte Preta, que vão marcar o início do trabalho do técnico Mazola Júnior.


Gustavo Oliveira/Londrina Esporte Clube


As opções do novo comandante são César e Emerson, que sofrem do mesmo mal: a falta de ritmo de jogo. Ficar muito tempo sem atuar é terrível para qualquer goleiro.


Quase sem jogar na última temporada em Portugal, César voltou ao LEC e ganhou a titularidade com Tencati. O treinador apostou na confiança que tinha com o jogador e naquilo que ele produziu em 2017. Mas em nenhum momento Cesar mostrou a mesma performance que teve na série B e na Primeira Liga. A falta de jogo o fez inseguro, sem a agilidade característica e o tempo de bola tão importante para a função.


Emerson jogou duas partidas no ano e, coincidências a parte, o Londrina perdeu os dois jogos. E os dois foram no Café. Isso pesa, sobretudo para a torcida. Tomou gols defensáveis e mostrou insegurança, apesar de não ter sido o grande culpado pelas derrotas.


Independente de quem for, Mazola Júnior terá que escolher um goleiro e mantê-lo como titular até o fim da série B. Se tivesse que apostar, acredito que o treinador possa optar por Emerson, pela sua experiência e por já ter sido campeão com o técnico no Paysandu.


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