Praticar um "cooper" pelas ruas de Kyoto num domingo ensolarado sem trabalho e pressão dá um prazer diferente. E lá estava eu, sem camisa e suado até as orelhas, fazendo meu exercício num bairro residencial, quando passo por uma casa onde vejo uma senhora tentando tirar o seu carro da garagem. É lógico que nem dei bola porque na minha cabeça eu queria apenas correr.
Não deu nem um minuto e quase fui atropelado e quando me dou conta, percebo que é aquela senhora. Estranho é que o carro passou por mim sem emitir o menor ruído, andava mas parecia que estava desligado.
Acelerei o passo e consegui ver que era a última versão de um modelo híbrido, uma mistura de bateria de lítio com gasolina.
Esse carro faz muito sucesso nos Estados Unidos nas mãos dos brad pits, tom hanks, bionces e angelinas jones da vida.
Fiquei curioso e na volta, ensopado até as meias, passei numa concessionária só por curiosidade. E lá eu vi o carro do momento aqui no Japão, onde o cliente precisa ter paciência oriental se quiser comprar um. São 4 meses de espera pelo último lançamento. Sei que a bateria é de lítio e precisa ser trocada depois de dez anos. Faz 38 km/l, tem computador de bordo (lógico), tecnologia de F1, e o mais interessante é que no teto, pelo lado externo, tem um painel solar para captar energia e utilizado na hora de manter o carro refrigerado. Como a utilização da gasolina é somente em casos especiais, o motor elétrico não faz barulho e foi por isso que quase fui para o além.
Não gostei de ter quase perdido a vida, mas gostei desse japonês silencioso.
Dá uma olhadinha nesse novo modelo.
Ah! não trabalho na montadora e nem tenho parentes por lá.