Recentemente tive uma saudável discussão virtual sobre futebol com um recém formado. Sei que futebol não é o melhor tema para ficar discutindo simplesmente porque todo brasileiro é um técnico em potencial. Esse amigo virtual gosta de teoria, fala sobre métodos de treinamentos, análises e dados estatísticos com muita desenvoltura. Intitula-se pesquisador esportivo e parece que gosta do que faz.
Tudo começou quando fiz uma observação num artigo que ele escreveu. De pronto veio a resposta dizendo que sua teoria era impecável e me mandando estudar um pouco mais. Escrevi novamente dizendo que venho acompanhando atentamente todas as Copas do Mundo desde 1970, que presenciei diversos treinamentos ao longo da minha carreira profissional, etc. Novamente uma resposta torta, enviezada, de trivela. Meu pesquisador falando novamente suas teorias e não aceitando nenhum ponto de vista diferente. Pelo modo como de escrever nota-se uma volúpia enorme, pouco senso crítico e a não aceitação de pensamentos e teorias diferentes. Sei como tudo isso funciona, pois um dia também fui recém formado, sonhador demasiado, cheio de fórmulas milagrosas para transformar esse mundo perdido do futebol num local cheio de flores e borboletas. Mas o que mais me chamou a atenção foi uma certa dose de arrogância, de cinismo em seus comentários em vez de alguma observação técnica. Sei que haverá eleições no Brasil e muitos jovens recém formados irão votar e se os perfis atuais desses novatos forem parecidos com o do meu pesquisador, acho que terei que ficar por esses lados um pouco mais simplesmente porque o Brasil ficará inabitável para uma simples pessoa como eu. Abaixo um vídeo para reflexão do que é ser professor e outro para acalmar os corações dos prepotentes.
Professor.
Kotobani dekinai