Os empregados da Volkswagen aprovaram em assembleias virtuais realizadas entre a última segunda-feira (20) e esta terça (21) a proposta da montadora que reduz em 30% a jornada de trabalho. O acordo, porém, prevê compensação a ser paga pela empresa para que não haja redução no valor líquido dos salários.
Aprovaram o acordo os trabalhadores de unidades da empresa em São Bernardo do Campo, Taubaté, São Carlos, Vinhedo e São José dos Pinhais (PR). A oferta prevê que a redução de jornada dure de maio a julho, com fim das atuais férias coletivas dos funcionários em maio.
Durante esses três meses, os empregados da empresa receberão remuneração correspondente ao salário líquido, com valores pagos pela empresa e recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), segundo o sindicato dos metalúrgicos de Taubaté.
Leia mais:
Motoristas podem rebaixar categoria da CNH sem necessidade de emitir uma nova no Paraná
Paraná encaminha projeto de lei para isentar de IPVA motos de até 170 cilindradas
"Bateram no meu carro, e agora?": especialista dá dicas de como agir em caso de acidentes
Chevrolet Equinox elétrico chega ao Brasil e busca espaço entre SUVs premium
"É a aplicação da redução de jornada e salários da MP 396 [publicada em abril para dar fôlego às empresas em meio à pandemia], mas com o diferencial de complemento da renda. O acordo é bom e foi aprovado por 95% da categoria", diz o secretário-geral do dindicato, Aldrey Allan Candido.
Um operário que tem salário bruto de R$ 6.700, por exemplo, e tiver reduções de 30% de jornada e salário receberá a compensação de R$ 453 do governo, prevista pela Medida Provisória, e um adicional pago pela Volkswagen de R$ 950, segundo Candido.
Também foi aprovada a postergação do pagamento de 20% da primeira parcela da PLR (participação nos lucros e resultados) dos trabalhadores para dezembro deste ano.